Sem a bússola da temperança, disparamos todos os gatilhos da nossa extinção
Por Gilvaldo Quinzeiro
Há muito tempo atravessamos a tão temida “linha vermelha”, seja em relação ao clima, da qual não há mais retorno; seja em relação ao ponto estabelecido, por exemplo, por Vladimir Putin, no conflito entre a Ucrânia. De segunda para terça-feira, desta semana, os sismógrafos russos registraram tremores de terra, dado a uma explosão a um depósito de arma militar russa provocado por um ataque ucraniano –, quando será a resposta dos russos, e com qual escala?
Os ataques cibernéticos de Israel aos libaneses ocorridos na terça e quarta-feira, respectivamente, provaram entre outras coisas que, por estarmos também “conectados”, corremos os mesmos riscos de termos os olhos e mãos arrancadas simultaneamente no ato rotineiro de ler ou compartilhar uma mensagem por quaisquer que sejam os aplicativos, estando nós numa ilha remota um num grande centro urbano; estando nós num estádio de futebol ou numa Ceia de Natal!
As trincheiras das novas guerras forjadas pelas suas sofisticadas tecnologias adentraram a nossa sala-de- estar!
Em outras palavras, o mundo se encolheu demais nas últimas horas! Estamos todos num pequeno barco, naquilo que talvez seja a última viagem humana neste planeta de tantas “terras prometidas”!
Neste barco, contudo, não espere encontrar um novo Noé! É que estamos desconfortáveis demais com os odores dos outros: dificilmente conseguiremos navegar com tanta gente se achando “os escolhidos”!
Não nos iludamos, pois, as próximas horas poderão ser as nossas últimas! Nunca tivemos tantos estopins armados em cada ponto da terra à espera de uma detonação. Aliás, o próximo “gatilho” poderá ser disparado por nós mesmos, enquanto despretensiosamente curtimos uma simples mensagem – destas cheias de olhinhos arregalados?
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