O “peixe” das tempestades


Por Gilvaldo Quinzeiro


No deserto do Saara, mais especificamente em Marrocos, as tempestades atípicas, que ocorreram em setembro deste ano, formaram assustadores lagos para os padrões da região. Estradas danificadas. Olhos secos de verem o improvável?


Enquanto isso, por aqui, os rios do Amazonas secam, esturricam o peixe e a vida da comunidade ribeirinha! Os barcos encalham. A vida segue a passos de tartarugas. A tartaruga, não tem como e nem onde nadar...


Este é o peixe e o preço das alterações climáticas. Os olhos grandes do nosso desenvolvimento faminto e tóxico. Que assim seja?


Ontem, por volta das 21h30, no horário de Brasília, o furacão Milton tocou o solo da Flórida, Estados Unidos, com ventos de mais de 200 quilômetros por hora. Mais de 3 milhões de pessoas estão sem energia elétrica. 90 alertas de tornados. Há registros de mortos. Os prejuízos ainda não foram calculados.  Há uma semana, essa mesma região enfrentou o furacão Helene, que deixou 200 mortos.


Onde e quando será a próxima tragédia climática? Que peixe ou que preço pagaremos?


Os incêndios, a maioria criminosos e astutamente planejados, em todas as regiões do Brasil deixam as onças pintadas sem patas e sem pelos; os passarinhos sem ninhos e sem asas; as árvores sem troncos e sem galhos.


Somos enfim, o peixe das nossas iscas envenenadas: morramos?

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