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Mostrando postagens de janeiro, 2025

O caos e os efeitos do elástico esticado: um sopro para uma reflexão!

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo de hoje me lembra cada vez mais a Idade Média quando   atingida pelos primeiros sinais da  modernidade. Que assim seja? Quem viu o sopro da Deepseek ?  1 trilhão de dólares em perdas para as grandes empresas norte-americanas, até então imbatíveis?  O que ainda está por vir?  Qual o novo formato do mundo? Com que cara Trump torceu o próprio nariz? O que isso significa?  O mundo se tornou uma espécie de um “elástico esticado”! Não é preciso ser um estudioso da Física para compreender o que estamos nos referindo. O elástico esticado. Este é o ponto da conjuntura geofísica e geopolítica no qual o mundo se encontra: não há, pois, como escapar do efeito físico do elástico atingindo de volta na cara! Seja isso em relação aos efeitos das alterações climáticas, que já nos colocam na condição de refugiados – não há fortaleza medieval imune aos destruidores efeitos climáticos; seja isso nas tensões políticas globais, que n...

A farsa e o fascínio pelos sonhos dos outros na era Trump

Por Gilvaldo Quinzeiro Não há nada que acontece hoje que já não tenha sido testemunhado pelo Sol nalgum lugar do passado; quer tenha sido na Mesopotâmia, quer tenha sido no Egito; quer tenha sido na Grécia ou quer tenha sido em Roma. Em cada um desses lugares, os homens se sentiam elegantemente e em defesa do bem, mesmo tendo que rasgar a tripa dos seus adversários pela ponta de suas lanças! E por que seria diferente hoje com os Estados Unidos da América? Os Estados Unidos, os mesmos que muitos têm na conta de uma “nova terra prometida”, há 160 anos, quase ontem se formos comparar o tempo decorrido da existência das primeiras civilizações como a mesopotâmica e a egípcia, por exemplo, terminavam uma das mais sangrentas e vergonhosas guerras, não contra uma nação estrangeira, mas contra seu próprio povo -, em que um lado, digo, compatriotas,  não abriu mão de , mesmo tendo que perder  a sua,  para usar  aqueles que,  pela força bruta  foram forçados a se torn...

Revisitando o mito Narciso: para não se afogar nas assombrosas declarações de Donald Trump?

Por Gilvaldo Quinzeiro O que as assombrosas declarações de Donald Trump, às vésperas de oficialmente se tornar   o 47º presidente dos Estados Unidos, quer dizer   ao citar a anexação do Canadá e da Groenlândia? Em quais águas a nova face do mundo é lançada?  Ora, as tais falas seriam consideradas no mínimo uma declaração de guerra, se o mundo ainda fosse “o mundo”, mas não é!  O mundo hoje, se quisermos, enfim, dizer alguma coisa sobre ele, temos que vê-lo como uma “bacia” na qual os bebês, os atuais líderes mundiais, disputam o mesmo espaço para o seu terceiro banho!  Pelo dito acima, e em nosso esforço de bem identificar as coisas, num gesto quase que desesperado para salvarmos a própria pele, somos obrigados a revisitar as perigosas e encantadoras águas do mito de Narciso, fontes nas quais a civilização atual ou o que ainda restou dela foi mergulhada.  Essas novas águas, nas quais o Narciso de hoje lança a sua imagem, e com ela se afunda, são o...

O pão nosso de cada dia ou a cada dia o nosso pão?

Por Gilvaldo Quinzeiro Somos todos individualmente ou coletivamente, Sísifo, isto é, repetimos o peso das nossas tarefas acorrentando-se a elas! Porém, a questão não é sermos Sísifo em si, mas no modus operandi de tentarmos escapar dessa condição: é aqui que nasce uma outra condição, não necessariamente melhor do que a primeira, ou seja, da condição de Sísifo, e  que também reverbera no individual e no coletivo, a ficção! Ficção, o imagético coletivo ou a matrix, é disso que estamos falando! Ou seja, um outro tipo de prisão que, não obstante, seja forjada no esforço de nos libertar das agruras e do cansaço da vida diária, nos repete o modus operandi de Sísifo. Ora, não há como se compreender aquilo que chamamos de o mundo real, sem fazermos conexão com o que produzimos e colhemos no nosso esforço individual ou coletivo de tornarmos as condições desse mundo real, amenas. A ficção ganhou carne e osso, e mais, conquistou aquilo que chamamos de “mundo” para si mesma; e nós nos tornamos...