Dialogando com as coisas
Gilvaldo Quinzeiro
Julgar o cavalo apenas pela forma como este obedece ao
cabresto é ignorar o cavalo por completo.
Isso também se aplica a nós mesmos: ou seja, julgar o
homem apenas por aquilo que costumamos chamar
de “consciência”, é desconsiderar o quanto do cavalo tem em nós!
Em outras
palavras, enaltecer o cavaleiro por este
ter adestrado o cavalo é esquecer o seu lado mais perigoso e sombrio!
Quem é o cavalo? Quem é o cabresto? Quem é aquele que pensa que é o cavaleiro?
Nada há em nós que não possa se transformar também naquilo que afugentamos. Essa é uma espécie de boa
noticia. A má noticia é: o “dizer xô as
galinhas”, é o mesmo que também nos espanta e
nos faz responder “coro-co-có”!
Ora, não foram
nestas condições que Pedro negou Jesus Cristo por três vezes?
Esta é a prova de que dependendo das circunstâncias,
podemos ser ora água, ora o vinho.
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