A humanidade X a caverna


Por Gilvaldo Quinzeiro

A humanidade é esta jovem senhora recém-saída da caverna, e sempre grávida de si mesma, mas que efetivamente nunca dá à luz: o seu trabalho de parto é permanente!

A ‘caverna’, é por assim dizer, o lugar de onde, talvez, nunca venhamos a sair...

Há 400 anos o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) pronunciava a sua mais assustadora frase: “o homem é o lobo do homem”. Quão atual é hoje esta frase. Aliás, é bom que se diga, que, se por um lado à evolução nos fez perder a ‘cauda’; por outro, nos fez adquirir um cérebro, uma espécie de asas em corpo de um quadrúpede.

Em outras palavras, continuamos fincados em um eterno trabalho de parto!

Na manhã de hoje, antes mesmo de tomar o café, eu leio uma reportagem cujo titulo é o seguinte: “grupos de ódio saem das sombras nos Estados Unidos”. A reportagem fala a respeito da onda de violência racial, que vem tomando as ruas das principais cidades dos Estados Unidos na ultima semana.

O ódio é típico dos ditos ‘seres humanos’, uma espécie de tripa não presente nos intestinos dos outros animais: somos os únicos!

Pois bem, o dito aqui nos faz constatar que a humanidade não só vive um “mal-estar na civilização”, como dados a complexidade da situação, vivemos uma de uma nova Arca de Noé, e como tal, não haverá lugar para todos!

Os recursos da terra se esgotam, entre estes, o mais vital de todos, água.  Neste ínterim, somos inflados pelo ódio, e as portas se estreitam. Muros são erguidos; pessoas se armam; outras estocam comidas. Todos se põem em marchas!

E nestas condições, o nosso cérebro age como se fora na cabeça de qualquer outro animal, ou seja, em defesa apenas dos seus mais primitivos instintos.

E assim a humanidade tem aprendido lentamente, e muitas vezes, na porrada! Em pouco tempo fizemos duas Grandes Guerras Mundiais. E hoje pelo andar da carruagem, a terceira, já está bem engatilhada!

Por fim, que a nossa fé não seja só aquela pela qual nos ajoelhamos, e fazemos questão de sermos vistos pelos outros ajoelhados, mas, e, sobretudo, que nos dê discernimento – sabedora para interpretarmos os sinais dos tempos!


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