O caso Lázaro. O anúncio de outras 'pandemias'?


Por Gilvaldo Quinzeiro

O que o caso Lázaro Barbosa tem a nos ensinar? Essa é uma questão incômoda porque também nos remete a uma outra questão tão grave quanto e do mesmo momento: o que a pandemia da covid-19 tem a nos ensinar? As respostas essas questões mesmo as erráticas, nos apontariam para nós mesmos. Ou seja, falhamos!   Como assim?

A resposta aqui poderia vir com outra questão provocativa: E se outros ‘Lázaro Barbosa’ estiverem brotando por aí   que forças policiais e que armas seriam suficientes para detê-los? Somos hoje mais do que nunca sedentos por armas! “ Armas em casa”! “Armas nas mãos”!  - Canta o coro dos enfurecidos – mas que armas? Não abandonamos os púlpitos? Enfim...

É possível haver uma ‘pandemia de outros Lázaro Barbosa’?  Essas questões, para o bem de todos nós, merecem ser levantadas, não obstante já não termos fôlego suficiente para responder nem sobre a tragédia nacional, que é   pandemia da covid-19, e que ficamos velhos de saber: falhamos!

Falhamos por subestimar a força devastadora de um vírus! Falharemos por subestimar o que aprender com o caso Lázaro Barbosa?

Ora, é preciso criar uma força tarefa para estudar com profundidade o psiquismo humano; adentrar a profundeza da alma humana na intenção de cuidar da sanidade mental da nossa sociedade. Do contrário? ... estamos todos doentes, primo!

“Há entre nós quem ainda seja um de nós”? – Tenho me perguntado. Enfim...

O caso Lázaro Barbosa é, por se só bizarro, e nos faz mergulhar em nossas lamas profundas ao mesmo tempo que faz brotar os fantasmas do obscurantismo. “Atirem a primeira pedra” que em Lázaro Barbosa não se ver?

O caso Lázaro Barbosa revela que construímos um mundo sofisticado, sim, mas sobre podres raízes tal como Sigmund Freud nos fala em Totem e Tabu (recomendo a leitura!). Ou seja, as raízes nas quais ‘jantamos o outro’ friamente!

O caso Lázaro Barbosa revela o quanto não saímos das ‘cavernas’?

Ora, meus irmãos, em tempo em que devoramos uns aos outros para, assim, no final sermos os primeiros a tirar uma selfie   ao lado “do pai”, como não se sentir saudável com a publicidade da loucura do outro!

Enfim, como eu tenho falado ‘ o bicho que corre atrás de nós, não é outro, somos nós mesmos!

Amém?

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla