O Brasil, o 7 de setembro e a vergonha do ‘bem’ que nos fará tanto mal?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O ‘bem e o mal’, assim como o fogo e a água que, quem destes,
não souber se apropriar respeitando as suas leis e propriedades, poderá morrer
sapecado ou afogado! Eis o dilema do Brasil às vésperas do ‘7 de setembro’, suas
marchas e convocações: o que afinal é o ‘bem’ pelo qual uma multidão poderá
fazer tanto o ‘mal’ que ao bem só envergonharia?
Em outras palavras, aquilo que apressadamente podemos
classificar como ‘bem ou mal’, dependendo das condições e do estado de
espirito, é uma coisa só assim como água em seus vários estados na natureza. Ora, o dito aqui é um apelo ao bom senso; um
apelo a racionalidade! Entretanto, há muito tempo eu venho falando: vivemos uma
escassez de homens; uma escassez de homens, que pensam! Isso explica porque o
pior que possa vir ocorrer no Brasil nestes dias tensos, poderá ser louvado em
hinos ou pelo riso na face dos hipócritas e oportunistas!
Pautar o Brasil com uma agenda de confronto, de ruptura ou
de uma guerra iminente é escancarar as almas podres, que pelo Brasil se ajoelham.
Meu Deus? – Não seus canalhas! Vivemos um apocalipse inventado pelas mais
doentias das mentes, e pagaremos um alto preço por isso.
Não é preciso ser versado em física quântica para saber que
o todo é o resultado de várias partes, e que cada uma dessas partes tem suas partículas
ou cargas contrárias. Ignorar isso é querer impor um só lado da moeda ou então
jogar a moeda fora porque não se agradou da sua outra face. Ou seja, é matar
galinha com os ovos de ouro!
A ruptura democrática, que está a sendo desenhada pelas
forças retrógradas e negacionistas do Brasil, será, portanto, o ato perverso de se
jogar fora os dedos, e preservar apenas nos anéis!
Os ataques as instituições, que dão as normas civilizatórias
a este país, em que pese seus desgastes e seus erros, são apostas feitas na barbárie,
ou seja, de que as respostas e as soluções sejam feitas pelo uso da força ou da
vontade de quem tem o poder para impô-las. Apostar nisso é marchar para o pior,
e fazer parte de um exército cujos atos são alimentados pela loucura dos seus
generais!
Vivemos dias difíceis! É preciso racionalidade, e nunca o
uso da força bruta e desproporcional!
Por fim, ora, o que esperar dos brutos tempos em que vivemos
onde perdemos a racionalidade e por consequência a pele só nos restando a indefensável
‘carne viva’?
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