Ucrânia: um rasgo na última peça que nos vestia, primo!


Por Gilvaldo Quinzeiro

De ontem para hoje, o mundo perdeu “o cós da calça”. Não há, pois, como esconder que tudo de repente ficou com a bunda de fora! O dito aqui parece gaiatice, mas não é! Trata-se das costuras geopolíticas para as quais cada pedaço de terra é visto apenas como um tampão ou remendo – na perigosa arte de tecer o processo civilizatório.

A questão da Ucrânia, é, por assim dizer, um rasgo no velho tecido da ordem mundial que, agora, “estraga” a festa da falsa paz dos interesses belicistas. Ou seja, tudo ia bem demais da conta para quem não tece outra coisa senão o infortúnio, a beligerância e a guerra.  Já vimos essa história no passado? – Claro que sim!

Não quero aqui jogar confete em ninguém, pois neste baile não há santo por trás das suas máscaras.  Mas, enfim, perdemos não só os tecidos, que nos vestiam como também a capacidade de produzir fantasia.

Em outras palavras, viveremos em tempos duros demais! O preço do gás, que já nos fazia pensar na lenha, agora poderá subir às estratosferas. E a falta de insumo e fertilizante agrícola dado o bloqueio econômico decretado à Rússia, poderá, enfim, fazer secar os nossos férteis agronegócios! Imagine agora se estivéssemos fazendo fronteira com o epicentro do conflito!

Puta que me pariu!  

Voltando a séria gaiatice. “Perdemos o controle dos esfíncteres”, primo! Daqui para a frente cagar na biqueira da casa é um luxo -   o que nos restou dos saudosos tempos “civilizatórios”.

Por fim, uma ótima notícia: o mundo está grávido doutro mundo, mas até este vir dá à luz seremos suas dores e contrações!

Ufa!  

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla