A nossa sociedade com seus atos golpistas. A caverna de Platão?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os relatos feitos em vídeos por aqueles que estão presos nas
penitenciarias da Papuda e Colmeia, em virtude dos atos golpistas do dia 8 de
janeiro, em Brasília, duvidam que estão presos. Alguns falam que foram ‘sequestrados
‘. Pelo jeito que estão a reclamar da comida, talvez, pensem que mudaram para outro
acampamento. Seja como for, estes são os
mesmos brasileiros que negaram a pandemia; se recursaram a fazer uso das
máscaras e a tomar vacinas ou que defendem que a terra é plana!
Horas antes da prisão, estes acreditavam que a intervenção
militar era sinônimo de libertação e salvação... E certamente continuam a
pensar assim.
Quem são? Onde estão? O que fizeram? O que é real? Qual é o
limite entre a sua alucinação e o discernimento? O que separa estes da sanidade
e do adoecimento? De que tecido estes se
vestem? De que preces estão a se nutrir?
Sejam quais forem as nossas respostas por mais sinceras que
sejam, estamos correndo riscos de revelar mais sobre as nossas limitações
cognitivas. Estamos hoje pisando num terreno em que as palavras em nada penetram....
Há ‘amém’ para tudo!
Será este o preço a
pagar pelo Brasil ter se tornado “ a nova terra prometida”?
Não importam quão
eloquentes sejam as nossas explicações: elas ecoariam as ditas palavras de
Platão a respeito da ‘alegoria da caverna’ – hoje, mais do que no seu tempo?
Sim, os últimos acontecimentos do Brasil contemporâneos revelam
que muitos homens ainda que elegantes ou eloquentes estão presos as novas
cavernas – as redes sociais e os novos ídolos – os influenciadores!
Na visão dos mais antigos seria dizer em outras palavras que
“o mundo ficou do tamanho de uma caixa de fósforo”. Quem vive dentro ou fora
dele? Do que se queixa? Do que se arde?
Por fim, é certo dizer que o sol é o mesmo que brilha sobre todos,
desde os tempos de Platão, porém, este não transforma calangos em cobras. E nem poderá convencer aqueles a se desarmarem
das suas opiniões por mais delirantes que estas sejam!
Amém?
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