Os sinais do esgotamento da nossa atual civilização?


Por Gilvaldo Quinzeiro

Assim como o filho pródigo, precisamos regressar às cavernas, não para roer os ossos, velas acessas em nossa escuridão, mas para nos lembrarmos dos difíceis passos dados em direção ao uso do papel higiênico: jogar merda nos outros acreditando que a sua é melhor, é atingir o ponto de retorno! O homo sabugo!

O homo sabugo. Este é o nível de maior narcisismo, doença para a qual não se inventou nenhuma pílula – que bom? Mas, certamente, nada que o velho Freud não tivesse metido o seu dedo!

A intolerância é a nossa face esmagada no espelho, que nos diz da rica existência do outro!

O dito acima é uma provocação ao que poderá ser o esgotamento do atual processo civilizatório. Um alivio para aquilo não deu certo, inclusive as “moitas religiosas”, onde muitos se escondem de cócoras – vão esforço! – todos estamos despidos!

O atual conflito na “terra santa”, entre Israel e Ramas, não só expõe as feridas e as rachaduras daquilo que foi erigido com o nome de civilização ocidental, como os sinais do seu esgotamento. O que, portanto, nada difere do que ocorreu com outras civilizações como a suméria, egípcia, grega e romana. E por que não com a nossa?

Assim como os astecas ruíram nas mãos daqueles que acreditavam ser os seus deuses tão aguardados, os espanhóis, a Inteligência Artificial (IA), pode marcar o final dos nossos rastejantes passos ou, para ser mais preciso, das mãos com as quais, um dia, aprendemos a limpar a bunda?

Diferente do cerco a Jerico, o cerco à Gaza é infinitamente uma operação feitas por “mãos e pés” artificiais, porém, a morte das crianças, mulheres, bois e jumentos, se assemelha aquela dos velhos tempos. Meus Deus!? – Sim o seu!

O ódio, esta velha face humana, não poupou nem Moisés, não obstante este ter acabado de estar na presença de Deus, e que diante do povo que não o reconheceu, jogou as tabuas dos Mandamentos no chão!

A propósito, Sigmund Freud numa visita a Roma, cidade pela qual este nutria uma visceral admiração, olhando para “o Moisés de Michelangelo” disse algo do tipo que este é mais sereno que o original, o do Monte Sinai.

Que as artes de esculpir mãos e rostos tenham dó da nossa dor de não nos termos feitos em nosso dia a dia tão bonitos!

Amém?

 

 

 

 

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