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Um bom domingo para começar a guerra total?

Por Gilvaldo Quinzeiro A guerra venceu brutalmente a paz! O mundo amanheceu o domingo, 22 de junho mais perigoso e inseguro, depois da entrada dos Estados Unidos na guerra ao lado de Israel contra o Irã, ao bombardear as instalações nucleares iranianas, a despeito de todos os alertas e pressões.  Um fracasso da diplomacia, das instituições internacionais e da civilização! As próximas horas e os próximos dias serão decisivos para a feitura e o contorno da nova ordem mundial.  O mundo, sem dúvida, deu um passo perigoso, e qualquer recuo que seja, terá como referência um paradigma quebrado, qual seja, o de se ter atingido instalações nucleares em que pese a proibição da legislação internacional, e, sobretudo o risco de contaminação radioativa ao planeta. Qual será o próximo passo? Qual será o dia seguinte? Seja lá o que estará por vir, uma coisa é certa: a “indústria do apocalipse” saiu vencedora! Enfim, uma projeção, uma egrégora oriunda do imaginário coletivo ganhou força e mat...

O sexto dia de guerra entre Israel e Irã: a escuridão das informações e o pau que bate hoje em Chico

Por Gilvaldo Quinzeiro A guerra entre Israel e Irã entra no seu sexto dia. A escalada de retórica de ambos os lados vai à estratosfera, enquanto as reais informações a respeito do que de fato está acontecendo no chão da batalha, estão sendo censuradas. É aquela velha máxima, qual seja, na guerra a primeira vítima é a verdade. Enquanto isso, a guerra entra na sua fase mais escura: os clarões vêm   das explosões das bombas! Mas pelo jeito nem as bombas estão sendo suficientes para esclarecer um lado vencedor, ao menos por enquanto. Entretanto, pelo que parece, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi com muita sede ao pote, ou seja, não aprendeu nada sobre as travessias dos desertos. Nem no tempo de Abraão e nem no tempo de Moisés.  E, como se não bastasse, também não sabe como destruir as instalações nucleares do Irã. Solução  parece estar nas mãos dos Estados Unidos que – boom! -  resolverão o problema?  Eis a questão. Há pouco tempo, os jorn...

Quinto dia de guerra entre Israel e Irã: a escancarada derrota da civilização

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo não só assiste palidamente de camarote dois povos com milênio de história se destruírem, no emprego daquilo que no passado era tão eloquentemente recorrente, ou seja, “olho por olho, dente por dente”, porém, mais do que dois povos se matando mutuamente, a civilização com toda a sua sofisticação e sonhos de uma viagem ao Planeta Marte, se ver soterrada e sem mãos que se ergam para conter a forças beligerantes.  O que estamos fazendo? Nada, além de contabilizar o número de mortos como uma fanática torcida em final de Copa do Mundo! Isso sem falar daqueles que acreditam realmente que no final das contas  “Deus” estará do lado de quem vencer a guerra! Por outro lado, mas no centro da coreografia das guerras, líderes erráticos como Donald Trump com seu riso de deboche, de quem os povos sob bombardeios, dependem! E nada pior do que nestas situações contar com o ovo ainda dentro da galinha, e o galinheiro completamente em caos. Pois bem, a guerra chega ...

“Os idos de março” e o Brasil do mês de abril: queremos a morte de quem?

Por Gilvaldo Quinzeiro Parece a República romana no contexto da conspiração que levou o assassinato de Júlio Cesar  em março de 44 a.C. Segundo relatos históricos, César foi avisado por um adivinho para que se acautelasse no dia dos “Idos de Março”, mas não é. Trata-se do Brasil de hoje, movido por tanto ódio e a trama para assassinar o presidente Lula. Há vasto material sobre isso. A fala do Deputado Federal Gilvan da Federal (PL—ES),  no dia 8 de abril, em que o mesmo expressou na Comissão de Justiça, da Câmara Federal que “quer a morte de Lula”, não pode ser considerada como um ato falho. Isso não foi dito por uma pessoa comum enquanto estava sentado no vaso sanitário – foi sim um pronunciamento de um Deputado Federal e Relator de um projeto, que visa “o desarmamento da equipe de segurança” do Presidente Lula! Projeto este que foi aprovado na Comissão de Justiça, pasme! A Câmara Federal se tornou nesta atual legislatura um ambiente de ódio. É claro que tal atmosfera revela ...

Os novos Nero e o mundo pegando fogo: os sinais de secas de homens?

Por Gilvaldo Quinzeiro A maioria dos humanos, penso, não consegue amadurecer para além dos seus cinco anos de idade. E no mundo povoado por brinquedos luminosos e inteligentes como o nosso na atualidade, ser adulto se tornou um paradoxo; algo no sentido prático raro e até com certo aspecto de saudosismo.  Em certo sentido, pelo que tenho pensado, estamos sempre retornando ou orbitando a nossa criança de cinco anos de idade. Chegar aos seis ou oito anos é necessário um retorno para uma outra vida!   É claro que o dito acima possui uma certa pitada de humor sarcástico. Mas esta tem sido minha forma de pensar! Já faz algum tempo que eu venho me dedicando a escrever e a refletir a respeito da “seca de homens”. Ou seja, eu tenho partido da premissa de que o mundo atual está carente de lideranças   capazes de pensar, o que de um certo modo também nos impede de antecipar no enfrentamento dos nossos graves problemas planetários.  E infelizmente, os fatos têm revelado qu...

O ABC do mundo real: reaprendendo a dar novos passos?

Por Gilvaldo Quinzeiro Ver a corda não significa necessariamente se enforcar com ela! Há, pois, distância e significados diferentes entre um ato e o outro. Uma corda pode nos servir de braços esticados a um pedido de socorro!  Da mesma forma que mergulhar não significa se afogar. Saber e respeitar até onde o seu fôlego alcança é ter, enfim, aprendido sobre si mesmo, bem como sobre as coisas do mar! A pedagogia do mundo real nos ensina que diante desta, isto é, da realidade, não há como não nos sentir esmagado por ela, porém, isso é pedagogicamente nos colocar em nosso devido lugar, e isso por si só já faz muita diferença entre encarar o monstro e ser devorado por este. É neste encontro com o mundo real que saberemos quem somos de fato. Não há outra maneira de sabermos se somos de ouro ou de prata - espelho fixo para muitos, e/ou no grau mais consciente da aprendizagem, concluir que não passamos de meros artefatos de barro – ainda bem! Em um contexto em que toda a geofísica do plane...

Para um aperto de mão: Para onde foi o mundo? Onde estão todos?

Por Gilvaldo Quinzeiro Imagine o uso das big techs pelos homens no mito da caverna citados por Platão em “A Republica”, como a confirmação de uma curtida com a digital de quem perdeu os “olhos” poderia significar a permanência da humanidade toda nas sombras! Ora, é por este prisma que temos que compreender o real perigo do nosso tempo: quem somos nós senão aqueles que, ao primeiro contato com a realidade se desintegrariam por completo, tal qual uma bolha de sabão com um sopro! O que seriam as big techs no tempo de Platão senão os conceitos limitantes? O que dizer dos novos conceitos e dos novos costumes de hoje que só nos fazem perder por completo a noção de realidade? Para onde foi o mundo? Onde estão todos? Essas são as tais perguntas que valem milhões! O que nos une ao tempo de Platão e ao tempo de hoje é a fantasia. Tanto lá como cá a fantasia é uma espécie de balão de ensaio, o problema não é só o balão em si, mas como  sair dele! Por fim, não espere um simples aperto de mão d...