A complexa diplomacia do nosso tempo
Por Gilvaldo Quinzeiro
Hoje, a Venezuela, da qual ninguém quer ser vizinho. Sinais de um tempo, que atualiza Édipo, e seus complexos: estamos repetindo sempre e da pior maneira, o que Napoleão Bonaparte, para citar apenas um, por ser mais recente, entre tantos outros, que tentaram resolver suas feridas pessoais banhando de sangue o mundo inteiro. Alexandre, O Grande, por exemplo, sempre quis superar o feito do seu pai, Felipe II. Mas, amanhã, pode ser a Groenlândia, de quem os europeus também devem se manter distantes. Donald Trump ao se comparar compulsivamente com Joe Biden, altera a escala e as regras de todas as medidas e equações vigentes: tudo é medido com a palma da sua mão. Tudo tem que atender a extensão do seu ferido ego.
Deixando as considerações psicanalíticas de lado, vivemos hoje a diplomacia do ódio e da soberba. Algo semelhante a uma caixa de fósforo. Isto é, um mundo pequeno, super povoado, espremido e onde todos estão prestes a ter sua cabeça a ser possuída instantaneamente pelo fogo!
O silêncio do mundo para as ameaças Norte-Americana à Venezuela, se revela com clareza mediúnica: onde todos os possíveis fantasmas estão com o rabo entre as pernas!
Nunca o poderio militar foi tão dissuasivo. No passado, na época das grandes navegações e a busca por especiarias e novas rotas comerciais, os canhões derrubaram governantes; calaram línguas; impuseram leis; crença e ditaram um novo mapa do mundo. Hoje, uma simples ameaça do uso das armas, o mundo todo se desmancha ou é forçado a se unir pela atração dos ímãs. A fome e o bloqueio econômico e as guerras cibernéticas são armas de destruição em massa num mundo verticalmente globalizado! Todos comemos da mesma mão!
A boa notícia, contudo, é que as aranhas e suas teias são aos poucos revelados como no quebra-cabeça. Porém, até identificarmos que todos somos presas, multiplicaram as armadilhas...
Que mundo é este do qual nos orgulhamos das suas tecnologias, que nos conectam, porém, para termos o controle das terras raras” – tijolos das novas construções fictícias - perdemos a soberania das terras reais, aquelas em que se planta o pão de cada dia?
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