E aí primo, pensando mesmo?



Por Gilvaldo Quinzeiro

No que mesmo e por que cargas d’águas nos transformamos? Ora, esta questão é fundamental e urgente! Como tenho falado reiteradas vezes, os tecidos e as linhas civilizatórias se tornaram todos puídos. É ilusão pensar que não fomos rasgados e devorados! Devorados pelas coisas antes sutis; tão sutis que foram subestimadas: o que faz que tudo hoje seja uma enorme boca sedentas não de comida, mas de palavras! Então, se assim for verdade, está explicado por que hoje a merda nos aflora? Será esta, a merda, o pilar que sustentará os nossos discursos, as nossas ações e os nossos altares dos dias atuais?

Bem, se não é verdade que o mundo acabou, e é possível que sim, já escrevi sobre este tema em outro momento, mas certamente para onde apontávamos o polo magnético da Terra, este, não se encontra mais lá – estamos caminhando aceleradamente para as inversões dos polos! Um acontecimento desta natureza, diga-se de passagem, já ocorrido há milhares de anos, não ocorrerá sem que afete os nossos cérebros, estes também divididos em dois polos ou hemisférios como queiram!

Isso mesmo!  O nosso cérebro é bipolar e responde aos estímulos eletromagnéticos, e assim como alguns animais, a exemplos da baleias, encalhamos na praia por falta de rumo!

Por falar em falta de rumo, tem me chamado atenção o número de pessoas que se queixam de uma espécie da ‘apagão’, perda repentina de memória ou atos movidos por forças nada racionais: “quando dou por mim, já fiz”. E assim está acontecendo em uma escala crescente estupros e assassinatos de bebês pelos próprios pais. Além de outros casos e situações que, se antes raros, hoje muito mais frequentes!

Sim, meus amigos, a coisa é bem mais complexa do que uma mera disputa ideológica. A escatologia, o fanatismo, a soberba, a histeria, a vaidade, a loucura – tudo isso se soma a tudo fazendo deste momento um grande caldeirão. Não há quem não se sinta frita ou cozido. Mas o pior é saber que estamos apenas em um sofrido trabalho de parto: pelos primeiros sinais do rebento, a coisa é feia!

Volto e insisto com a pergunta inicial: afinal no que nos transformamos? – Em um sabugo talvez! Com tanta merda sendo dita, é sinal de que não só afrouxamos os esfíncteres, como intoxicamos os pensamentos!

Vivemos um momento em que o processo civilizatório está ameaçado com práticas que agridem os direitos elementares do homem, bem como a preservação ambiental. Muitos são os interesses em jogo, incluindo àqueles em que, diante da possibilidade do fim da humanidade, já escolhem quem deverá ser salvo na nova Arca de Noé! A onda de intolerância racial, cultural, política e religiosa, que nos assola pode ser bem e detalhadamente explicada por esta ótica. Há quem se considere não só dono do barco como da salvação!

Então, primo que onda é a sua?

Ufa!




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