Senhor Jesus dos guaranás e da república do escárnio. Prelúdio ao discernimento!

 

Por Gilvaldo Quinzeiro

 

 

Meu Senhor, a bolha estourou faz tempo.  Não há mais amarradios civilizatórios em nada. Os templos e os púlpitos se tornaram lugares não de adoração, meu Senhor, mas da ostentação das vaidades. Uns inflados porque acreditam que sua fé é a maior do que a dos irmãos; outros ajoelhados apenas para garantirem ‘curtidas’ nas páginas do Facebook. Enfim, a bolha estourou faz tempo!  Os que ainda preservam alguma consciência, são os mesmos que ignoram a sua condição de inquilinos do que restou das   gotículas daquela bolha ilusória!

Há uma arca de Noé em partida.  Mas cadê os animais? Estes ardem no meio dos incêndios; onças sem garras; camaleões sem seus disfarces. Há uma arca de Noé em partida. Mas cadê os homens? Estes nunca foram tão somente sabugos, meu Senhor!

Saudade, meu Senhor, do tempo em que o guaraná, a ayahuasca eram coisas dos espíritos da floresta – hoje qualquer um que beber ou por dúvida ou apenas por escárnio!

E assim, vivemos hoje sorridentemente porque não encontramos a válvula de escape do choro na república do escárnio.

A bolha estourou faz tempo. Há uma segunda onda da covid-19 vindo por ai tão sorrateira, quanto a primeira. Porém, o que mais poderá nos matar será mesmo a nossa bruta indiferença!

O que há por vir, não virá sozinho. Há uma bruta instabilidade política sendo desenhada, que não conseguirá conter o prato sobre a mesa. Claro que espero estar completamente enganado sobre isso.

O que há por vir nos pegará em guerra com os nossos fantasmas mentais. Claro que espero estar completamente engando com isso!

Meu senhor dos guaranás, dos guanarés, igarapés, mangangás e ianomâmis que eu tenha ao menos o dom de reconhecer qual das mãos que apertam a tua, é a minha!

Amém?

 

 

 

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