O novo normal e velha xícara de café
Por Gilvaldo Quinzeiro
Não há como pensar o novo normal sem inserir neste o frágil habitat
de cada um, que será a uma espécie de bolha ilusória, sob o qual estaremos todos
inflados pelo ódio; pela soberba; pelo medo e pela solidão ao mesmo tempo em
que lutaremos para conter a respiração para evitar a sua eclosão. Nestas
condições, um simples ato de tomar café não ocorrerá sem que a leve fumaça que
emerge da xácara se transforme numa figura fantasmagórica!
Parafraseando um
velho ditado, no novo normal é preciso que se mantenha um olho aceso na xícara
e o outro já apagado na fumaça!
“A solidão de amigos”, lembrando aqui da melodia do saudoso
cantor e compositor Jessé, é fruto dessa guerra fraticida e estomacal; guerra
essa que só daremos conta dos seus reais estragos da mesma forma que Pirro, ou seja,
sem que tenha sobrado ninguém para comemorar!
Voltando a xícara de café. O velho quadro exposto há muito
tempo na parede, haverá de ter mais sobre nós do que o simples hábito de tomar café.
No novo normal devemos reservar tempo para nos visitar nas outras coisas, inclusive
nas fezes...
Por fim, por mais que as nossas apressadas preces seja para
enfim, chegarmos aos céus, o novo normal será como o BBB 21,
ah este BBB21!, ou seja, cheio de gente
bonita, top e elegante, mas que esqueceram de cuidar bem do estômago. De modo
que a uma leve pressão, e lá estarão expostas as suas feias vísceras! É claro
que o saudável seria cuidar bem da mente antes mesmo de iniciar a participação em
qualquer jogo, mas... O dito aqui vale
também para adentrar o interior de qualquer templo...
Um bom café da manhã a todos: com reflexão!
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