Pérolas às onças
Por Gilvaldo Quinzeiro
Estranho o tempo em que os peixes antes livres em águas
claras e fundas, hoje são porcos em poças escuras e rasas a mendigarem doses cavalares de rações – razões dos nossos sujos interesses que transformam tudo em vasilha limpas – onde se come cada vez
mais pouco do que verdadeiramente nos sustenta!
Estranho o tempo de muitas fendas e poucos céus – razão pela qual muitos profetas são prisioneiros do que anunciam – tsunami de suas vaidades!
Estranho o tempo em que muitos se afogam na mesma água , que não enche um copo
, mas se arrogam de detentores de poderes de abrirem caminhos por entre os mares!
Estranho o tempo onde o bem muda de endereço tão facilmente para se tornar
inquilino dos dedos sujos , que apontam o mal tão bem e para todos os lados!
Estranho o tempo onde a pressa dita a prece para se obter apressadas bênçãos, que se diluem facilmente nas
pesadas mãos de quem não teve tempo para
identifica-las!
Estranho o tempo prenhe
de si mesmo, enquanto nós sofremos sem saber que somos suas dores e contrações!
Estranho? Ah! ...
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