A guerra na Ucrânia é o ovo gôro da civilização


Por Gilvaldo Quinzeiro

A guerra na Ucrânia, hoje, no seu 44º dia, não é uma guerra que nos faz pior ou melhor do que dos nossos antepassados, quando, por exemplo, estes viviam do   assombro pelo fogo, para, em seguida, passarem a fazer guerra pelo seu controle. Hoje, numa Europa na iminência de ficar às “escuras” pela possível falta de gás – constatamos que escuridão maior poderá abater toda a humanidade não só pelos atos de crueldades como os do massacre de Bucha (que coisa horrível!),  como também pelos atos também insanos daqueles que, em resposta aos invasores da Ucrânia, os russos, querem privar o mundo de ler os belos clássicos de  Dostoiévski; dos encantos do balé Bolshoi; dos feitos espaciais de Yuri Gagarin ou até mesmo, pasme, de degustar o  estrogonofe ou a vodka!

 Quem de pior faz a si mesmo em que pese a intenção de corrigir ou de reprimir o outro? Que sinais são estes que nos apontam para um mundo sem a noção do ridículo? Que tipo de paz nos é oferecida?

Ora, o dito aqui é no sentido de chamar atenção para o pior dos mundos que pode estar macabramente sendo gestado, seja por um lado; seja por outro. Fiquemos atentos não só as armas e as estratégias dos ditos invasores, como também o tipo de respostas daqueles que se sentem agredidos. Não há, portanto, santo nessa guerra, assim como nunca houve em nenhuma daquelas que foram justificadas por seus “santos” motivos!

Em outras palavras, a guerra na Ucrânia é um “ovo gôro” na mesa da civilização!  – é preciso, pois, ter muito estômago para digerir qualquer coisa, a partir das informações, que nos chegam todas contaminadas! Aliás, como afirmar que vivemos num mundo regido pela informação se se em tempos de guerras a única informação certa é que de nada sabemos!

Quer que a gente engula tudo de goela abaixo?

Por fim, uma desastrosa noticia: estamos todos errados ao nos posicionarmos seja por um lado, seja por outro!  Seria melhor se tivéssemos aprendidos ou se estivéssemos falando de “plantar batatas”... Contudo, estamos, pois, diante da mesma velha humanidade que há pouco tempo se orgulhava de ter aprendido a limpar a bunda!  E o que hoje nos abunda, senão a certeza de que voltamos a sentar na merda de sempre?

 

 

 

 

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