O sapo das nossas tragédias. Lições da metafísica
As catástrofes climáticas, como as que presenciamos no Rio Grande do Sul, entre outras coisas, põem o homem no lugar do sapo. O problema, entretanto, é que o lugar que antes servia de habitat para o sapo, não está mais ali e nem acolá, aliás não está mais em lugar algum! E o que sobrou? Ou que o é homem no lugar em que nem mesmo sapo habita? Ora, afirmar que as catástrofes climáticas nos colocaram no lugar do sapo, não é aludir a natureza principesca do sapo presente nos contos de fadas – antes fosse -, mas é o contrário, ou seja, o homem é deslocado da sua condição de “majestade” entre todas as outras criaturas, e revela também o que na visão do mais simples dos insetos sempre foi clara: o homem é o próprio sapo em pessoa! Puta, merda! Sim, este é o homem atolado naquilo em que o dinheiro também nos oferece quando a própria natureza é o limite! As avalanches de acontecimentos provocados pelo desrespeito a natureza são tão espantosas que não há espaço...