O sexto dia de guerra entre Israel e Irã: a escuridão das informações e o pau que bate hoje em Chico


Por Gilvaldo Quinzeiro


A guerra entre Israel e Irã entra no seu sexto dia. A escalada de retórica de ambos os lados vai à estratosfera, enquanto as reais informações a respeito do que de fato está acontecendo no chão da batalha, estão sendo censuradas. É aquela velha máxima, qual seja, na guerra a primeira vítima é a verdade. Enquanto isso, a guerra entra na sua fase mais escura: os clarões vêm   das explosões das bombas! Mas pelo jeito nem as bombas estão sendo suficientes para esclarecer um lado vencedor, ao menos por enquanto.


Entretanto, pelo que parece, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi com muita sede ao pote, ou seja, não aprendeu nada sobre as travessias dos desertos. Nem no tempo de Abraão e nem no tempo de Moisés.  E, como se não bastasse, também não sabe como destruir as instalações nucleares do Irã. Solução  parece estar nas mãos dos Estados Unidos que – boom! -  resolverão o problema?  Eis a questão.


Há pouco tempo, os jornais e o mundo estavam alardeando acerca do perigo que a usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, estava correndo diante do possível ataque por parte das tropas russas. E agora, estes mesmos jornais e o mundo, assistem em silêncio Israel bombardear as instalações nucleares iranianas, dia e noite, sem que nada seja dito a respeito dos reais  danos  da radiação para   a população local, bem como para toda a região e planetária.E mais, é esperado a qualquer momento, uma bomba poderosa (milagrosa?) que só os Estados Unidos possuem para, enfim, destruir mais de mil centrífugas que estão no subterrâneo.  Por que então, o pau que bate em Chico, não é mesmo que bate em Francisco? Quanta hipocrisia, não?


Se o “Chico” de hoje é o Irã, amanhã poderá ser a Rússia?  E se os russos não se moverem no tabuleiro caótico da geopolítica, o pau que hoje castiga o Chico, vai  ser justificado  amanhã  no lombo de quem?


Cala-te boca?

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