Quinto dia de guerra entre Israel e Irã: a escancarada derrota da civilização
Por Gilvaldo Quinzeiro
O mundo não só assiste palidamente de camarote dois povos com milênio de história se destruírem, no emprego daquilo que no passado era tão eloquentemente recorrente, ou seja, “olho por olho, dente por dente”, porém, mais do que dois povos se matando mutuamente, a civilização com toda a sua sofisticação e sonhos de uma viagem ao Planeta Marte, se ver soterrada e sem mãos que se ergam para conter a forças beligerantes.
O que estamos fazendo? Nada, além de contabilizar o número de mortos como uma fanática torcida em final de Copa do Mundo! Isso sem falar daqueles que acreditam realmente que no final das contas “Deus” estará do lado de quem vencer a guerra!
Por outro lado, mas no centro da coreografia das guerras, líderes erráticos como Donald Trump com seu riso de deboche, de quem os povos sob bombardeios, dependem! E nada pior do que nestas situações contar com o ovo ainda dentro da galinha, e o galinheiro completamente em caos.
Pois bem, a guerra chega hoje no seu quinto dia, e, mesmo com os soldados a uma distância de mais de mil quilômetros, não só o chão treme com as populações indefesas, como os governos, ainda que protegidos por falsas retóricas. E mais, o mundo que depende do petróleo, com seus interesses econômicos incendiados. Ao pensar que derrubada de Constantinopla, com cerca de 100 mil soldados do lado turco, ouvindo os gritos e sentindo o odor dos soldados adversários, durou 53 dias, é constatar o quanto o inimigo pode ser da noite para o dia, nossa própria cama!
O ataque israelense ao Irã, na sexta-feira, 13, ocorreu enquanto as negociações em torno do programa nuclear iraniano estavam ocorrendo, e no domingo passado, 15, em Omã, deveria acontecer a sexta reunião. E aí “boom”! É como se um lado usasse uma mão para apertar a do oponente, e, com outra mão, a faca, no velho “dá ou desce”.
No passado, também belicoso, os persas, hoje o Irã, salvaram os hebreus, do patriarca Abraão, de quem os israelenses de hoje descendem, do chamado cativeiro da Babilônia. E hoje quem será escravizado por quem?
Eis a velha e hipócrita humanidade sedentas por luxuosos tapetes, sem se dar conta de que o máximo que consegue é permanecer de cócoras com os sapos.
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