Tomar o fogo dos arrogantes deuses!


Por Gilvaldo Quinzeiro


O mundo dos nossos dias está numa encruzilhada prometeica, qual seja, desafiar aqueles que insistem em fazer de tudo para se tornarem deuses e a tomada do fogo destes para enfim, compartilhar com todos. O resultado dessa história sabemos: o castigo sofrido por Prometeu! Dito de outra forma, somos calambanjos nas águas infestadas por raivosas piranhas!


Há, portanto, poucas saídas, e nenhuma delas nos impedirão sem que saiamos rasgados!


Pois bem, para alguns nessa encruzilhada, a visão mais óbvia é a que lhes garanta a sensação de conforto, ainda que breve, e à custa de se satisfazerem das grossas salivas dos arrogantes deuses, estes são a título de um exemplo pedagógico, os bolsonaristas!


Todavia, se estamos numa encruzilhada ou quase num beco-sem-saída, é preciso pensar e agir como Arquimedes: "dê-me uma alavanca e um ponto de apoio, e eu moverei o mundo"!


A solução que as tensões geopolíticas nos exigem, doa em que doer, há de nos distanciar de qualquer ponto no qual estamos estacionados. Ou seja, o mundo não poderá ser mais o mesmo!


Ora, isso nos exigirá não só a união de todas as mãos ou a conjunção planetária, mas sobretudo, vamos precisar de mentes “reformatadas” para conduzir o parto de um novo pensamento! Isso é coisa de pica grande, meus primos!


Por fim, esse é parto que, conquanto, seja fruto da copulação com as redes sociais, é preciso se parir no meio das ruas ao canto de antigas canções de ninar, de mãos dados com os indígenas, com gente de terreiros, quilombos, da poesia, dos cantos – de gente de sangue nas veias!

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