Os leilões da virgindade, e uma reflexão sobre as outras partes que nos faltam...
Por Gilvaldo Quinzeiro
Leiloar a virgindade é uma coisa. Perder a virgindade com quem a arremata é outra. Ou seja, nesta equação qual “o corpo” que fica quando o que lhe subtrai é apenas da ordem do simbólico? Ou o que se “ganha” é da mesma ordem do que se “perde”?
A virgindade o que é, neste tempo em que até as bonecas insinuam o erotismo com seus “corpos de meninas”? Afinal o que ganhamos quando toda “virgindade” se transforma numa das mais caras mercadoria, tal como a obra de arte cujas virgens ainda que tocadas pelas mãos hábeis de seus mestres, porém, ainda assim, permanecem castas?
Que lugar ocupa o corpo no leilão cujo pregão em nada se compara com a “afetividade”?
E as “não virgens” saberão fazer as contas do tamanho do prejuízo?
Juízo: quem tem abunda?
Afinal não seria esta a parte que nos mais falta?
A bunda não; a cabeça, o discernimento é disso que estou falando!...
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