Os engenhos da violência, e seus novos escravos: quem é senhor de quem na “Nova República”?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Não é a vômito escancarado da violência em nossa cara que nos assusta mais, e sim,
termos nos transformados na condição
de seus “penicos”, isso
sim, é assustador. Ou seja, o despreparo,
a conveniência, a falta
de um enfretamento planejado da sociedade constituída no combate a violência é
a prova de que os que estão a frente das nossas instituições, não passam de uma mera “escultura”
– da arte suja de se fazer a politica.
Enquanto isso, os cidadãos ( aposto que muitos já não se lembram mais em quem votaram nestas últimas eleições) são as vitimas da falta de uma politica pública
para o setor de segurança. Em outras palavras, o DNA da violência está impregnado
em todos nós, e “os bichos urbanos”, dos quais somos presas - suas mutações!...
Por falar em mutações, quem não sente falta do bicho-papão?
Aquele sim, foi a “oficina do medo”, quando a falta de sono era apenas por
brincadeiras. Hoje quem dorme, quando a brincadeira é o que nos esfaqueia?
Em outras palavras, a
violência não tem jeito, quando o jeito
de ser é o da violência. Ora, como
argumentar para as nossas autoridades que a violência é real, se estas enquanto
falam sobre este tema estão protegidas por seus seguranças? Já o cidadão sente na própria pele e no bolso, as
medidas tardias dos nossos representantes!...
Enquanto isso, “os engenhos” da violência esculpem paulatinamente,
o que a sociedade levará uma vida inteira tentando descontruir. Aliás, a sociedade já foi toda desmontada pela violência, e, agora, é “cada qual por si e Deus por todos”?
Aliás, por falar em engenho,
que “Senhores” se escondem atrás do “pó” que escraviza os jovens sem eito algum? Uma pena, “os abolicionistas” de hoje serem os mesmos interessados na proliferação das novas senzalas?
Eis “o carro na frente dos bois” ou dos bois já não mais
precisamos? Ora, que tipo de “colônia” está se erguendo na pós-modernidade,
senão aquela em que pela liberdade já não há quem lute!
Eis o tempo onde tudo
é brejo cuja cana decepa as cabeças?
Viva a República ou a seus Senhores?
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