O tempo hoje está para peixe ou para bugiganga? Era sobre isso que os maias queriam nos dizer?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O encolhimento do tempo ou o tempo de homens
encolhidos? O que viram os maias naquilo que se repete a cada 26 mil anos? È muito
tempo ou não nos damos conta de que o tempo planta suas cobaias, enquanto
acreditamos fazer suas previsões?
Vivemos um paradoxo, de um lado os avanços irrefutáveis
da ciência e da tecnologia, por outro, a massificação da violência nos
aproximando cada vez mais dos bárbaros, isso sem falarmos nas “cracolândias”
que chegam como avalanches nas pequenas e médias cidades, antes mesmo dos
prefeitos decidirem inaugurar novas escolas. Não poderia no lugar das “cracolândias”
serem os shoppings para atender a nossa outra fome
de consumo?
Pois bem, temos tempo de filosofar sobre estas questões
ou Platão estaria perplexo demais com “os novos tempos” e seus homens velhos no
escuro das suas cavernas? Ora, como festejar o milagre anunciado com as descobertas
das células troncos, se “os partos” de hoje estão superlotando os presídios com
gente sem tesão algum pela vida?
Ontem em sala de aula, me dei conta pela fala dos
alunos que estes não conseguem mais tirar da cabeça, as imagens da bruta
violência que se fixam pelas nossas ruas. Todavia, a contradição é que estes
mesmos alunos não paravam de ver tais imagens arquivadas nos seus celulares.
Que tempo é este?
Somos filhos das imagens que, com muita força nos
tornam todos “Neymar”? Como negar que nesta “caverna virtual” não
passamos de meros imitadores, tais como os nossos velhos ancestrais, numa época
em que o tempo era exatamente aquilo que não passava!...
Mas voltando a falar do “tempo dos maias”, no que
estes erraram, quando o tempo em que estes viveram era o das suas “ certezas”? E quanto ao nosso
quem não está rezando agora para que este ainda nem tenha começado?
È bom saber que hoje vai ter um eclipse solar. O
ruim é que sobre este, os maias também viram como um mero sinal?...
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