“O furacão Sandy” e as coisas que não cabem mais dizer?



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Enquanto os bebês dormiam, “o furacão Sandy” abria fendas nas nossas estruturas de concretos, e solapava com um só sopro a nossa vã pretensão de “ver todas as coisas no devido lugar”. Aliás, o lugar das coisas não é como estão ficando, inclusive sem nós?

Pois bem, uma coisa “Sandy” nos deixou bem claro: quão é fictícia a realidade que erguermos só com “as nossas coisas”, enquanto que as da natureza escondidas como “coisa debaixo do tapete” surgem com a tamanha  violência aos nossos olhos tardios de veem!...

Estamos sim ficando “sem o mundo” – o mundo supostamente   por nós conhecido. Quanto ao outro, o que nasce fora das nossas trempes, este nada tem de nós, exceto, a nossa cara de espanto!

Entretanto,  “ Sandy” só nos falou  nas entrelinhas... Não que o resto nos seja óbvio, mas, no mais é “osso duro de entender”!...

Em outras palavras, a coisa vai ficar feia com as nossas cada vez mais fora do lugar. Não seria esta a hora de se perguntar, que coisa cabe no lugar onde antes só as nossas habitavam?
O difícil destas coisas ditas, é  chegarmos a conclusão de que, não era nas estacas de aço que supostamente nos sustentavam antes, mas, apenas no nosso próprio sorriso!
No quê?
(Psiu!).
 
 

 

 

 

 

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