Para natureza dos rios e dos sonhos, não há prisões!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O rio, que corre não é de todo aquoso naquilo que carrega
sobre suas águas. A natureza de um rio, portanto, não está naquilo que agrada
aos nossos olhos, e muito menos nos ‘piqueniques’ que fazemos às suas margens.
O rio sempre nos escapará. É aqui que nos afogamos....
Ora, a apressada, precipitada, politizada e vingativa
prisão de Lula é este enganoso rio no qual muitos acreditam ter pleno domínio.
Enganam-se, pois, aqueles que pensarem ter ‘colocado a mão’ neste caudaloso rio!
O ato da prisão, dado à sua presa, fato este que era para
ter pegado o Lula de ‘calças curtas’, acabou, não obstante a imediatidade do
tempo, unindo e fortalecendo vários tecidos, cores, vozes e bandeiras à uma
mesma margem desse rio.
Lula foi preso como muitos queriam! E aqueles foguetes há
muito tempo guardados, ontem enfim, saíram dos armários. Muitos, enfim, comeram
suas pipocas com seus garrafões de refrigerantes assistindo o espetáculo midiático,
com textos já prontos pelas mãos de apressados jornalistas.
Mas e agora?
O agora deveria ter sido também previsto pelos apressados!
O rio já não é certamente o mesmo. As águas ficaram mais turvas e agitadas. Além
dos troncos e barrancos, nadam também sonhos e sentimentos: para estes últimos nunca
haverá prisões!
O rio, que segue agora é outro. O de ontem, quem nele
banhou não o encontrará mais... o que pode ter restado de ontem, hoje, apenas
os refrigerantes!
Enfim, um bom banho de reflexão!
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