Enquanto isso a natureza nos ensina
Por Gilvaldo Quinzeiro
Enquanto a humanidade perde o controle dos seus esfíncteres em
discussões, que só nos afundam na merda – tipo se a terra é plana ou redonda; se a vacina é maléfica ou se é benéfica; se o
comunismo come criancinha ou se é o padre; se o velório do nosso ente querido
leva vela ou apenas orações; se os do bem são apenas aqueles que ‘moram’ na igreja ou se a verdadeira igreja é
a que ‘mora’ dentro de nós; se o chip, que nos enfia é o da besta ou se é da
besta fera tudo aquilo que por dentro de nós já nos irrita.
Por outro lado, a natureza segue dando o seu pedagógico
recado. O mais recente veio na forma de uma gigantesca explosão do vulcão de
Tonga, que ocorreu no último sábado, 15, – seu estrondo chegou a ser ouvido a
800 quilômetros e, logo após foi desencadeado um tsunami cujas ondas mataram
duas pessoas no Peru e provocaram estragos em países como Japão e Estados Unidos.
Na ilha de Tonga, local da explosão, 80
mil pessoas foram afetadas. As comunicações cortadas dificultam avaliação da
dimensão da tragédia. Nas Ilhas Canárias, o vulcão Cumbre Vieja, depois de três
meses provocando destruição, enfim, silencia – até quando?
E natureza segue pedagogicamente.... Uma onda de calor está ‘fritando’
os argentinos. Aqui no Brasil as
enchentes provocam cenas apocalípticas. Vários estados como Bahia, Minas
Gerais, Pará e Maranhão contabilizam os seus prejuízos. No Rio Grande do Sul –
seca de rachar.
Enquanto a covid-19, por exemplo, dá demonstração de força e
evolução, nós a humanidade, nos fincamos e nos digladiamos. E às vésperas do tão esperado fim do mundo a ‘fila
dos que vão para os céus’ parece ser só de disputa entre os que acreditam ser
os primeiros...
E assim, a velha humanidade, hoje, tal como era na
Mesopotâmia ou no Egito Antigo; tal como era na Grécia Antiga ou como era no império
romano segue sempre orgulhosa e convicta de que está no caminho certo – mas no
final de tudo não passamos do “sujos falando do mal lavado”!
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