O Brasil que não existe mais, e os desafios para o novo presidente


Por Gilvaldo Quinzeiro

Quem quer que seja o novo presidente do Brasil a ser escolhido nas eleições deste ano, precisa levar em conta que o Brasil e os brasileiros não serão mais os mesmos. Aquele Brasil da ‘democracia racial’, por exemplo, se é que algum dia houve, e que servia de orgulho para muitos – foi um cristal que se quebrou!  Da mesma forma que o Brasil da ‘seleção brasileira’ com o seu futebol arte – ficou para trás!

O Brasil, que emergiu nos últimos anos é e será cada vez mais parecido com o ‘Oriente Médio’, e seus complexos problemas de natureza política, étnica e religiosa. Navegar por estes mares exigirá sabedoria, empatia e liderança – não é, portanto, tarefa para qualquer um.

O Brasil, que emergiu nos últimos anos, é e será de pouco diálogo e de muita intolerância – um barril de pólvora!  

Em outras palavras, se não bastassem os nossos velhos problemas acumulados e aos quais já nos ‘acostumamos’, agora precisamos lidar com fake new; guerras cibernéticas; negacionismo; sabotagens; fundamentalismo, entre outros. Isso sem falar nas novas variantes da covid-19; nas alterações climáticas, que já fazem parte do dia a dia dos brasileiros.

Os amarradios políticos, bem como as promessas e as ações governamentais terão que levar em conta uma realidade mais complexa. Aqui já não se tratará apenas de ‘engolir sapos’, mas de encantar as serpentes – se apadrinhar com estas para conseguir ter uma noite calma ao dormir com lobos, pois o amanhecer será cedinho com os porcos!

Em tempos de redes sociais, os brasileiros antes dito como ‘pacíficos e acolhedores’ se transformaram em ‘silenciosas aranhas’ -   a tecerem suas teias ilusórias, mas não desprovidas de material peçonhentos e explosivos! Não é sem razão que as palavras ‘torpedo’, ‘bombar’, ‘viral’, etc, passaram a ganhar significado de vida ou morte.

Qualquer análise séria do cenário político do Brasil não pode preterir de levar em conta as brutais mudanças ocorridas no imaginário dos brasileiros – hoje imersos nas redes sociais – é daqui que emergem, os bichos, os gurus, os profetas, etc.

 Portanto, quem quer que seja o novo presidente do Brasil terá que se preparar para as chamadas ‘revoltas hibridas ou coloridas’, que ganham formas no Cazaquistão, e ameaçam a se espalhar pelo mundo como uma nova formatação da Primavera Árabe. Não podemos esquecer, entretanto, que o Brasil recentemente, para a surpresa de muitos, também serviu e ainda serve de ‘balão de ensaio’ a estes tipos eventos e interesses...

Quem quer que seja o novo presidente do Brasil não terá tempo para passeios de jet ski ou exibicionismo em desfile de motos, carros e outros que tais.

Quem quer que seja o novo presidente do Brasil terá que governar de fato e bem (dia e noite) -  com sabedoria e para todos!

 

 

 

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