O primeiro de agosto foi de desgosto para muitos

Gilvaldo Quinzeiro

Hoje Caxias “comemora” a sua adesão à Independência do Brasil, data esta que muitos confundem com a do aniversario da cidade que se deu no dia 05 de julho de 1836, portanto, 13 anos após Caxias reconhecer o fim do domínio português sobre o Brasil.

Pois bem, o que ainda não foi dito pelos articulistas que hoje escreveram sobre o tema é que a não à adesão de Caxias à Independência do Brasil revela um lado da nossa história ainda presente, a saber, o conservadorismo da nossa elite política. Ou seja, assim como aquela constituída pelos ricos comerciantes portugueses que também exercia o poder política através da Câmara Municipal, e que para seus interesses, Caxias deveria continuar sob o domínio de Portugal, daí a sua resistência, a de hoje também trava uma luta para que a cidade não saia das mãos de quem hoje a controla, isto é, que não se torne “boa para todos”, o que significaria o fim dos seus privilégios de, entre outros, o de perpetuarem esta ou aquela dinastia no poder.

Portanto, é preciso que se entenda que aqueles que aqui lutaram pela não  Independência do Brasil, não foram heróis ou progressistas, mas pelo contrário, se posicionaram ao lado do atraso, bem como, contra os interesses do Brasil.

Concluindo, a Adesão de Caxias à Independência significou a perda do poder politico da elite que até então dominava a cidade, e que os bravos soldados que lutaram pela expulsão das tropas portuguesas aquarteladas no Morro das Tabocas vieram de fora, poucos foram os que desta terra lutaram para que o Caxias fizesse parte de uma nova ordem nacional -,  a de que o Brasil não mais pertencesse a Portugal.

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