Um pó para evitar na velhice o crescimento do nariz?

Gilvaldo Quinzeiro



“Pra frente é que as malas batem”, diz um velho ditado popular, hoje em desuso, e pouco refletido no que tange ao seu significado. Não seria mais contemporâneo substituir este dito por: pra frente é que o nariz cresce, quando tudo mais em nós estiver diminuindo?



De fato, na velhice temos ao menos algo a nos consolar: o aumento do “pau da venta”. Se Freud não tivesse sido muito apressado, a sua grande descoberta seria a de que pelo menos na velhice ninguém sofreria do “complexo de castração”, posto que de todas as genitálias, só o nariz está literalmente na cara e crescendo. E nestas condições ter tabu é o mesmo que sentir a “falta de ar!”...



Em contra partida, porém, o velho ditado “não meta o nariz no que não é da sua conta”, teria que ser lavado mais a sério. Alias, é exatamente na velhice que a gente começa a dá conta de tudo.



Em outro texto, já escrevi sobre o “deslocamento das genitálias”, se aquele bate com este que escrevo agora não sei, mas, com certeza daqui pra frente serei obrigado a confiar mais no meu nariz!...



Por fim, aqueles que só cheiram pó que me desculpem, mas, o nariz também tem uma vida curta, de modo que, esfregá-lo agora em substituição ao pau que nos falta, na velhice, o duro é tê-lo mole como vento!...



Parabéns Juca Chaves!

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