A mão e o moinho. Uma leitura!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O mundo é um livro às vezes fechados, mas não
necessariamente sem escritas ou narrativas. Os antigos não amanheciam sem antes
decodifica-lo ainda que nas manhãs chuvosas. À tarde, outra releitura era
necessária, pois, assim, a noite seria menos escura!
Bem, o homem contemporâneo se encheu de coisas. E orgulha-se
de disso como o máximo de suas conquistas! Suas mãos ficaram ‘cegas’, e seus
olhos se deslocaram para o umbigo. A leitura ficou restrita aos livros,
especialmente, os recém lançados, os best-sellers , lidos como se fossem café!
Mas, e o mundo?
O mundo, se ainda existe esse mundo, não está mais acolá,
porque acolá não é mais ali. Alguma coisa ferve por nós; por nós que já não
somos mais um de nós. A mão e o moinho tornaram-se parte da mesma coisa: sinal
de que a dor de quem perde os dedos não diz mais “ai”.
Em outras palavras, o mundo é essa noite escura, quase sem
céu, e com muitas ‘estranhas batidas’ na porta.
O dito aqui sublinha os fantasmas. Ou seja, é uma leitura possível
nas noites escuras, e sem promessas de amanhecer.
Por fim, vejo com muita preocupação as leituras apressadas.
Mas não menos preocupante é arrogância daqueles se sentam sobre os livros, e
arrotam ser os donos da verdade.
Um bom café!
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