Vida de passarinho também dá pena!




  Por Gilvaldo Quinzeiro



Ontem, eu presencie uma cena rara. O voo teste de uns filhotes de passarinho. Para ser mais preciso filhote de “garrincha”. O ninho ficava no alto de um poste da rede elétrica – deste usado na ligação das residências rurais. Lá no alto havia uma cavidade, no qual, a mãe passarinho fizera o ninho. Era quase o cair da tarde mais escura. Havia ainda galinhas ciscando o chão, e, para a infelicidade de um destes filhotes, o seu primeiro voo terminou num bico de outras espécies, uma prima distante. Os outros, talvez mais espertos, tiveram que se esquivar de uns já crescidos filhotes de gatos, estes, já testando a sua habilidade de predador. Que coisa é a vida! Pensei!

O texto que segue abaixo é o resultado de outro voo:  o meu rasteiro ato de pensar sobre as coisas. Espero que goste! Ei-lo!

Criar asas é um longo e doloroso “parto”. Antes, a decisão de onde e como construir o ninho implica em salvar as próprias penas, pois, há predadores, que se passam genuinamente pelo graveto, bem como aqueles que se fazem com o uso das garras, donos do ninho. Portanto, vida de passarinho não é só cantar... é também lutar para não se tornar fácil comida nas garras dos outros!

Voar significa não ter morrido no primeiro teste, e continuar fazendo o bom uso das asas, quando o chão se tornar traiçoeiro.

As asas de um passarinho são como as nossas experiencias de vida:  O voo depende do bom uso de cada lição.

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