O sagrado, o humano e o barro civilizatório
Por Gilvaldo Quinzeiro Se os ‘pilares civilizatórios’ não estão ruindo, incluindo os de cunhos ideológicos e religiosos, eu acredito que sim, a respeito disso eu venho tratando em diversos textos, vídeos e palestras, mas certamente não há nada em pé, que não esteja lutando desesperadamente pela própria sobrevivência – é que as engrenagens dos engenhos do tempo são de fato implicáveis – foram assim com todas instituições humanas, seja as egípcias, seja as romanas. As nossas, então, forjadas num contexto de tanta volatilidade, o que delas de fato ainda existem? O dito acima soa contraditório, pois, o que assistimos é exatamente o acirramento da luta no campo ideológico, uma espécie de ressurgimento de uma nova guerra fria... De fato, isso é verdadeiro. Todavia, o contexto, ‘o barro’ do qual é feito este acirramento carece uma análise mais apurada, pois as águas, que umedece este ‘barro’ não são mais as mesmas. O que nos coloca de volta à velha peleja entre Heráclito e Parmê...