A Terra é plana ou redonda? Eis o ‘prato’ teórico que pode quebrar em nossa cabeça?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Há 528 anos, Cristóvão Colombo (1451-1506) navegava para o Oeste
com destino à Índia, utilizando-se da ‘esfericidade’ da Terra. E assim, no dia
12 de outubro de 1492, chegava-se à América – não para Colombo que imaginara ter chegado enfim à Índia!
Para os povos afetados pela chegada dos europeus, os índios,
o sol, certamente nunca nasceu ou se pôs como antes. Aliás, não só as suas
visões se tornaram ineficazes diante do invasor, as suas ferramentas também.
Neste mesmo contexto, a Idade Moderna, o geocentrismo sofria
um duro golpe. O heliocentrismo deslocava à Terra para a ‘periferia’, enquanto
o Sol era colocado no centro.
Hoje, em tempo marcado pela polarização acerca de tudo, a
forma da Terra, se redonda ou se plana, ganha acaloradas discussões. E para
colocar mais lenha nesta fogueira, eu digo que a forma da Terra é uma cabaça,
ao menos nesta, a boca, que é obra do homem, é redonda.
Bem, mas trazendo a coisa para um terreno mais sério, o da
polarização ideológica de hoje, Cristóvão Colombo, seria considerado, certamente
um homem de esquerda, um comunista, digamos assim, e a sua chegada à América, e
não à Índia, o discurso que alimentaria a raivosa extrema direita.
Meus Deus?
Ora, convenhamos, se Terra for lá seja de que forma for, no
que isso pode afetar o sentido que damos as coisas e a nós mesmos? Vamos morrer
ou matar por isso?
Bem, no último sábado, ontem, 22, Mad Mike Hughes, um terraplanista,
norte-americano de 64 anos, morreu em teste de um foguete, criado com a finalidade
de provar que a Terra é plana. Hughes já havia feito outros testes, mas neste
último, a coisa não saiu como planejado, e seu corpo seja lá em cima de que
tenha caído, não suportou o impacto: morreu como um pombo qualquer quando perde
a direção do campo magnético da Terra!
Nossa?
Pelo sim ou pelo não, o fato é que a Terra continua sendo o
prato em que cuspimos após dele termos nos servido. Aliás, estas teorias são
pratos rasos a quebrarem nossas cabeças!
Por fim, o assunto ora discutido em pleno domingo de carnaval,
poderia servir de um bom enredo carnavalesco, e a fantasia que sempre deveria
ser tratada como uma coisa séria, especialmente quando a realidade se torna por
demais espedaçada, a nossa quarta-feira de cinzas! Ai sim, bacalhau não seria de
prato algum!
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