Conquanto a prece por Deus a civilização fracassa


Por Gilvaldo Quinzeiro

Diante dos sucessivos fracassos dos esforços diplomáticos para um cessar-fogo no conflito entre Israel e Ramas, que já entra no seu 16º dia, seja no Conselho de Segurança da ONU, seja em tratativa entre líderes regionais, chegamos à conclusão de que toda a humanidade estar em carne viva! Ou seja, não há mais nenhuma diferença entre comer e ser comido; entre o bicho e o homem; entre a barbárie e a civilização. Observe que não estamos falando de um outro conflito tão sangrento, quanto este, também em andamento, o dos russos e ucranianos.... Em outras palavras, fracassamos!

Sim, assistimos o fracasso da atual civilização, da mesma forma que as outras, também orgulhosas dos seus maravilhosos feitos, mas que fracassaram, cito a título de exemplo apenas duas, a grega e a romana.  Sim, hoje não só assistimos o fracasso da ONU, como dos reis, presidentes, papas, aiatolás, rabinos e patriarcas!

A medida que o conflito avança em nome da brutal vingança clamada por mãos estendidas aos céus em preces, mais se   desmoronam os pilares sagrados: ame ao próximo como a ti mesmo; ofereça a outra face ao teu inimigo!

O ódio e a vingança ocuparam abruptamente os corações dos nossos mais caros líderes políticos e religiosos. Estamos órfãos!

Por fim, esperar que a invasão terrestre do exército israelense   ao já em escombro solo de Gaza para destruir um por um dos integrantes dos Ramas, nos civilize; nos torne melhor e mais mansos, é nos esvaziar dos últimos gemidos civilizatórios, e mais do que isso, significa em vão acreditar cegamente na mão, que decepa a outra!

Amém?

 

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