O narcisismo do homem contemporâneo e a verruga no espelho da manifestação da Avenida Paulista
Por Gilvaldo Quinzeiro O problema do homem contemporâneo mais do que o seu narcisismo, é , ao inflar a sua própria imagem, quebrar o espelho. Ou seja, se antes este já era cego para o espelho que não refletisse a face que não fosse a sua, agora se afogou de vez naquilo que não lhe é fonte de ilusão. Uma ferida narcísica, a exemplo do ocorreu com o geocentrismo, quando da quebra deste paradigma ocasionado pelo heliocentrismo , afetou por conseguinte a forma como o homem se via . Digamos que ali nasceu uma “verruga" na ponta do seu nariz. Essa verruga aumentou de tamanho por conta de mais dois golpes sofridos em nossa autoimagem, a saber, por conta do evolucionismo de Charles Darwin e do inconsciente freudiano. O homem contemporâneo, a despeito de todas as suas conquistas, é um sujeito derrotado pelo próprio espelho. Um inseto em repouso num galho de árvore concorre com a nossa carência por aplausos! Vivemos, pois , uma crise de feições múltiplas. Amanhã, a A...