O elástico da realidade esticado pela estrema direita


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

A realidade é como um elástico. Quando se estica uma das suas extremidades, a consequência é o seu rechicotear na cara de quem o esticou. Simples assim. A extrema direita brasileira, diga-se, os bolsonaristas, deveria saber disso antes de ter esticado o elástico da nossa realidade política. Mas, não. Aliás, o que é a realidade para a extrema direita brasileira? Em que terra habita?

Em outras palavras, como diz a sabedoria cabocla, “não se deve cutucar a cobra com a vara curta! Sim, a extrema direita quis alterar o elástico da nossa normalidade. E agora, acuada, se passa como vítima. Começa-se a ouvir os pedidos de socorro aos Direitos Humanos! Como assim os Direitos Humanos não são coisas para bandidos? Ora, como o mundo gira!

´É exatamente naquilo que a extrema direita faz do seu chão, isto é, da sua verdade, onde reside a sua fragilidade, por isso as suas preces e suas pressas pelo fluxo das coisas. A pressa pelo “fim do mundo” é, por exemplo, a peça chave da sua retórica. Mas fazer preces pelo “fim do mundo” não é em si mesmo ser habitado pelo vazio, pela desesperança?

Pedir a quebra da institucionalidade, isto é, investir no golpe, na ruptura democrática é esticar o elástico da realidade só para um lado. E mais:  é institucionalizar o caos! É apostar no caos para, impor aos mais fracos, a sua verdade. É como se de repente, todas as placas de sinalizações do transito fossem retiradas, e, nestas circunstâncias, a regra a ser acatada seria de quem possuísse dentro do próprio carro a arma mais ameaçadora. Isso é servir a pátria?

Há uma vasta materialidade da intenção golpista da extrema direita bolsonarista. Não há como não duvidar da sua má conduta, assim como dos seus palavrões tão presentes em suas reuniões – dar de encher vasos e mais vasos sanitários! Homens de bem agem assim?

Por fim, em   ano de eleições municipais, a mais importante de todas, pois afeta diretamente a vida do cidadão, é preciso se “separar o joio do trigo”, ou seja, golpista é golpista em que pese a cor do seu terno ou a quantidade de anéis em seus dedos.

 

 

 

 

 

 

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