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A medusa sem as suas cabeças: e a do homem como as das cobras?

Por Gilvaldo Quinzeiro A cabeça. A do homem, diferente da serpente, não só se desvencilha do corpo, como há quem nunca encontrou a sua, conquanto, quão obeso o corpo. E, as vezes quando este a encontra, é em condições tais que o corpo não a segura de tão puído! ... E nestas condições: que tipo de cabeça então é a do homem? Ou o que é homem com ou sem sua cabeça? Ora, a serpente pode até perder o restante do corpo, mas a cabeça, esta se encontra dentro de si mesmo, como se fora dentro de um buraco. Já a do homem é espraiada por todos os buracos; nos de dentro e mais ainda nos de fora! ... Então, temos que convir que nesta nossa caminhada por desertos e pântanos; veredas e estradas a cabeça da esfinge é a nossa? Quiçá, todos os venenos da nossa boca, não se percam também como a nossa cabeça, pois, pode ser que um dia precisemos morde-la na cabeça de outro! E quanto as da medusa? Feche os olhos, e use apenas a sua, se esta   ainda     lhe...

O QUE LEVOU O VENTO: NAS FILIPINAS O TUFÃO HAIYAN VARREU UMA POPULAÇÃO DO MAPA!

Por Gilvaldo Quinzeiro     Estimativas não oficiais dão conta de que as vítimas da passagem do supertufão Haiyan, nas Filipinas tenha deixado cerca de 10 mil mortos. A cidade de Tacloban, a mais atingida, ficou 70% destruída. Tudo ficou concretamente retorcido, como se fosse simples varas verde! ... Olhando bem as imagens, não dá para acreditar que antes, havia edificações, prédios, residências e outros que tais, ou seja, “o dedo humano”! Aliás, para onde aponta o dedo do homem, quando o de Deus desenha outras paisagens? De fato, ventos com cerca de mais 240 km/h, como os que lá ocorreram, não nos permite “pensar”, ainda que os nossos pensamentos sejam tão velozes, quanto o vento, contudo, não chegam a varrer nem os entulhos das nossas “verdades” ... Quanto a nós, do lado de cá do mundo, ainda estamos acenando com as mãos que poderiam nos servir mais de ajuda, especialmente se levarmos em conta, do tipo de coisas que muito delas, hoje, ocupam! CHUVA DE F...

Pelo fio algumas palavras estendidas para se secar

Por Gilvaldo Quinzeiro   De repente a vida virou um varal – tudo exposto aos olhos encardidos da civilização!   Tudo que é intimo deixou as quatro parede para desfilar de “fio dental” no fim do túnel sem luz... Estranho, não?   Mas a “calcinha” já não abre mais os nossos olhos que ficaram tão cegos de vê-las em seus alpendres! ... Em outras palavras, para que nos servem os olhos, se tudo que nos é exposto nos abre apenas a “boca”?    

Em tempo de reciclagem, o homem, um osso duro do roer!...

Por Gilvaldo Quinzeiro O dedo do espantalho. Do que se faz o homem numa época em que ser de plástico é tudo que se descarta, e tudo que se precisa que dura uma vida para sempre? Ora, ser homem neste tempo é duro demais. A alternativa seria, neste mundo onde tudo que se recicla, e não retorna mais para o mesmo mundo, é se tornar um “espantalho” (?). Não é que isso, contudo, signifique, a “reciclagem do homem”, mas o retorno daquele que, não sendo mais homem, permanece de pé no mundo que é outro. Pois bem, hoje tanto se fala nos “impactos ambientais”. Sabemos que o futuro pode ser de fato apocalíptico! Mas, até agora não se fala nada do “impacto psíquico” que varre o homem de si! ... O nosso conforto, entretanto, vem dos mitos: crianças que foram alimentadas por lobas!   Ou seja, uma alternativa para quando os implantes de seios, nos tornarem sempre “bonitos”, mas secos de leite e de afetividade? Lobos somos de alguma forma. Embora, realmente sejamos apar...

O sujeito do gozo: qualquer um, menos nós?

O sujeito do gozo:   qualquer um, menos nós? Por Gilvaldo Quinzeiro Na pele do gozo, todo sujeito é “bolha”. De sorte que, o seu estouro consiste paradoxalmente, na duração de toda a sua existência. Um evento assim, não poderia de outra forma, tão bem representar, o quanto o “trágico” é duradouro na vida humana. Portanto, o sujeito do gozo, coitado, é aquele que percorre léguas e léguas com a língua de fora de tanta sede, e ao chegar na fonte, foi a sua que secou! É aqui, pois, onde duas coisas distintas ocorrerão como resposta a situação: ou o sujeito se seca em si mesmo ou se afoga! Porém, nenhuma coisa e nem outra tirarão do sujeito a sua condição de “retirante” – o seu deserto continua lá frente! Ora, dizer que na pele do gozo, todo sujeito é “bolha”, é dizer “quase” da impossibilidade do sujeito gozar. Sim, quase! ... Mas este “quase” não significa dizer, entretanto, que foi alcançado na “fonte” pela qual o sujeito chegou lá quase sem vida. Às vezes, “...

As idades do nosso tempo, em uma delas papas abundam: a sua?

Por Gilvaldo Quinzeiro A arreganhada discussão em torno do “público e privado”; biografia autorizada ou não – nos expõe a “idade antiga” contemporânea – quem tem bunda vai a Roma!   De um lado, uma velha e filosófica questão: onde começa e termina a liberdade? E o do outro, “limite” é sinônimo de um mundo sem liberdade alguma? Claro que esta discussão é bem mais complexa, e, não suscita nem de longe que, o defensor da “liberdade” de hoje, pode ter sido os mesmos que em tempos outros, não tinham nenhum interesse no fim da censura. Do mesmo modo, os que hoje são chamados de “censores”, no passado, pela liberdade sangraram? Em outras palavras, não há como negar que de tempo em tempo, as serpentes trocam de pele, porém, isso não acontece com o seu veneno que continua sendo mortal. Um ponto chave nesta discussão toda é: que “fé” não é semeada com outros interesses? A questão é saber, entretanto, que interesses põem de pé “velhas discussões”, quando, o mundo to...

Aos hereges de hoje, as fogueiras da racionalidade: com quantos paus se faz a história?

Aos hereges de hoje, as fogueiras da racionalidade:   com quantos paus se faz a história? Por Gilvaldo Quinzeiro Na história, está “certo” não significa dizer ter construído alguma coisa. E nem está “errado” significa dizer, não ter dado o melhor de si. Ou seja, a história não escolhe as pernas, conquanto, alguns pensam ser a sua “cabeça”. O importante, de tudo, entretanto, é ter lutado por alguma coisa que, pelo menos     naquele instante nos fez valer o sacrifício. O propósito deste texto é dialogar com aqueles sujeitos que acreditam estar acima da própria história, pois, somente em tal condição, não estarão sujeitos aos erros daqueles que corajosamente se lançaram de “cara e peito”. Pois bem, muitos “colegas” se aproveitando dos nossos tropeços históricos, querem agora tomar à cena para si, como se estivessem sempre com a razão. Ora, está com “razão”, não significa ter arrancado o tampo da própria carne na luta renhida! Na Grécia antiga sabemos b...