Aos hereges de hoje, as fogueiras da racionalidade: com quantos paus se faz a história?



Aos hereges de hoje, as fogueiras da racionalidade:  com quantos paus se faz a história?

Por Gilvaldo Quinzeiro


Na história, está “certo” não significa dizer ter construído alguma coisa. E nem está “errado” significa dizer, não ter dado o melhor de si. Ou seja, a história não escolhe as pernas, conquanto, alguns pensam ser a sua “cabeça”. O importante, de tudo, entretanto, é ter lutado por alguma coisa que, pelo menos   naquele instante nos fez valer o sacrifício.

O propósito deste texto é dialogar com aqueles sujeitos que acreditam estar acima da própria história, pois, somente em tal condição, não estarão sujeitos aos erros daqueles que corajosamente se lançaram de “cara e peito”.

Pois bem, muitos “colegas” se aproveitando dos nossos tropeços históricos, querem agora tomar à cena para si, como se estivessem sempre com a razão. Ora, está com “razão”, não significa ter arrancado o tampo da própria carne na luta renhida! Na Grécia antiga sabemos bem que, os mesmos que invocavam a “razão”, desprezavam aqueles que duramente construíam com sangue e suor a polis! ...

Portanto, buscar na história quem está “certo ou errado” é não fazer a própria história, pois, toda verdade é apenas contextual. De sorte que, ficar “sentado em cima do seu próprio nome” é de fato mais confortável, ainda que supostamente teorizando os acontecimentos!

Enfim, é muito fácil ameaçar os outros à fogueira. O difícil, porém, é permanecer herege!

E quanto aos paus, parece que nos faltam as mãos.

Ôxente, e as obras? Estas, só a história julgará!

Amém?




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