A medusa sem as suas cabeças: e a do homem como as das cobras?



Por Gilvaldo Quinzeiro


A cabeça. A do homem, diferente da serpente, não só se desvencilha do corpo, como há quem nunca encontrou a sua, conquanto, quão obeso o corpo. E, as vezes quando este a encontra, é em condições tais que o corpo não a segura de tão puído! ...

E nestas condições: que tipo de cabeça então é a do homem? Ou o que é homem com ou sem sua cabeça?

Ora, a serpente pode até perder o restante do corpo, mas a cabeça, esta se encontra dentro de si mesmo, como se fora dentro de um buraco. Já a do homem é espraiada por todos os buracos; nos de dentro e mais ainda nos de fora! ...

Então, temos que convir que nesta nossa caminhada por desertos e pântanos; veredas e estradas a cabeça da esfinge é a nossa?

Quiçá, todos os venenos da nossa boca, não se percam também como a nossa cabeça, pois, pode ser que um dia precisemos morde-la na cabeça de outro!

E quanto as da medusa?

Feche os olhos, e use apenas a sua, se esta  ainda   lhe pertencer!

Vixe!



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