Tempo de varas curtas, e desperdícios compridos
Por Gilvaldo Quinzeiro
O sujeito e suas “varas”, todas encurvadas ante um tempo que só lhe devora. Pobre sujeito, hoje, reduzido a condição espalhafatosa de mero “consumidor”!
Nestas condições, entretanto, só resta ao sujeito uma única saída honrosa - se contentar em ser como uma “sardinha”, e assim, contemplar admirado a lata que esteticamente lhe cai bem!...
Ora, que “modernidade” é esta que tanto ojeriza o passado, e, paradoxalmente não evita “o envelhecer”, que, hoje, mais do que nunca é cedo demais?
Tarde, é a descoberta dos tempos perdidos. Cedo são “os achados” que já não se enquadram mais no momento de agora. Isso sim é envelhecer sem ter conseguido brincar de bolha de sabão.
Ora, quanto dura a beleza de uma bolha de sabão? Quanto vale uma vida toda sem tempo algum?
Saberá sobre o quê quem nem viveu para admirar a curta existência de uma bolha de sabão?
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