Em certa medida, faltam homens, e em outras, as coisas abundam


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."


 

Que fim terão os homens, quando as coisas como as que hoje vigoram, já não se medirem pelas medidas dos homens? Isto é, quando as coisas que são enquanto são, dos homens já não são coisas, pois, estas, enfim, estão além dos homens. Que homens?

Pois, bem, Protágoras de Abdera, em certa medida estava certo, quando escreveu a famosa frase acima. Hoje, porém, esta equação, a meu ver, não seria aplicável; não, pelas coisas enquanto são, mas pelo que os homens deixaram de ser, para das coisas enquanto são serem iguais. Que coisas?

Ora, isso implica falar em “escassez de homens, e da abundância das coisas”. Não de coisas quaisquer, mas daquelas em que em certa medida, destas, os homens já não se dão conta...

Esta conta, entretanto, se já não se faz como Protágoras fazia,  então é da conta das coisas que os homens prosperam? Quem medirá a falta dos homens, quando  em certa  medida, as coisas aos homens “coisificam”?

 

 

 

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