O ovo, uma leve reflexão para ninguém sair da casca
Por Gilvaldo Quinzeiro
O ovo, que gracinha? O pinto, pelado. Pobre
coitado! O mundo lhe será o tempo todo avassalador: uma vantagem ter deixado o ovo, quando este lhe
era tão quebradiço? Um caso a ser
pensado!
Estamos nós no ovo ou somos apenas “pintos pelados”?
E o mundo: este sim é o galo cantando em nosso terreiro! Ainda bem que sim? E
quando, a nossa noção de mundo, já do mundo nem “ciscar”? Eis que aqui todo ovo
será goro! Que pena? E as penas?
Isso é apenas, uma conjectura! Ou ainda bem que não?
Por dentro: quem sabe de si? Por fora: do que nos
damos conta?
Ora, aqui não se trata de saber quem nasceu
primeiro, se o ovo ou a galinha? Mas, com quais grãos vamos de agora em diante
encher o papo?
Que papo?
Bem, se o papo tá bom, mas, agora vou abrir a porta.
Tem uma pessoa do lado de fora. E eu dentro de mim.
Toc-toc!
Pois, não?
Aquele galo que cantou de manhã era o seu?
Não, seu Pinto!
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