O ‘elástico’ esticado chegou ao seu limite!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Bem - bem? – como eu
venho chamando atenção através dos meus textos reflexivos (há algum tempo!), a
crise brasileira não é só política e econômica. Esta faz parte de um contexto
maior que é a ‘crise civilizatória’ pela qual passa a humanidade. Podemos até
falar em crise planetária, isto é, os processos de mudanças ora em curso, que
são de natureza astronômicas – tudo isso com sérias implicações para a
humanidade. Portanto, tal crise tem algo de um âmbito mais geral ao mesmo tempo
em que tem algo de particular, esta última são as nossas velhas mazelas como a
corrupção, por exemplo. Tudo misturado e fervendo no mesmo caldeirão! É aqui que
precisamos agir com sabedoria: o ferver deste caldeirão não pode ruir a casa
toda! O combate a corrupção não pode nos transformar em seres abjetos. A nossa
fome de comida não pode nos fazer arremetermos com a própria flecha.
O que assistimos ontem, e que merece ser repudiado por toda
a sociedade, independentemente do seu viés político e ideológico - estou me
referindo ao atendado a Jair Bolsonaro – foi a face do pior lado desta crise,
isto é, a ‘crise civilizatória’ ou planetária, que inclusive nos afeta
mentalmente. É aqui onde a distinção entre
o “Bem e o Mal”; legalidade e ilegalidade; civilização e barbárie se eclipsa.
De sorte que em tais circunstâncias que, diga-se de passagem, foram subestimadas,
a velha humanidade, perde, por conseguinte, o controle dos seus esfíncteres -
que vergonha! O porvir destas condições, não poderá ser outro: “é merda pura”!
Em outras palavras, o ‘elástico’ esticado atingiu seu
limite, e agora reinicia o seu retorno.
A humanidade, portanto, foi capaz de, em pouco tempo construir umas
infinidades de coisas; algumas destas coisas tão nocivas quanto os incestos;
outras tantas que, não obstante a sua não ‘denominações’, e, como consequência,
assumem a ordem do fantasmagórico e do persecutório. Enfim, a velha humanidade,
sofre, como diria Sigmund Freud (1856-1939), do “Mal-Estar da Civilização”.
Calma! O bom disso é: o bicho que corre atrás de nós não é
outro, senão nós mesmos! O dito aqui é para chamar atenção para a possibilidade
real no sentido de que, dado o agravamento da situação – possamos perder a
condição de gente. Espero, portanto, que isso não nos ocorra, mas eu não tenho
nenhuma dúvida de que passos gigantescos foram dados nesta perspectiva!
Por fim, mais do que morrer ou matar por este ou aquele
candidato, aliás, diga-se de passagem, todos eles, questionáveis sob diferentes
óticas, o que temos que fazer, portanto, é defender com intransigência a
Democracia! É a defesa da Democracia que vai nos garantir um grau
civilizatória. Não há solução para os nossos problemas fora do processo democrático!
Quaisquer outros esforços que não assegurem a via democrática é retroceder à barbárie!
Compreensão, serenidade e sabedoria a todos!
Só me permito o aplauso!
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