As faces e os estômagos das coisas...



Por Gilvaldo Quinzeiro








De novo, Gardênia Silva, aluna do 2º ano D, do Colégio Militar Tiradentes IV, me surpreende com uma eloquente pintura! De novo, sinto-me desafiado a ouvi-la; a capta-la pelo sentido auditivo! De novo farei da pintura acima o meu ponto de partida. Ei-lo.

A face, poderia ser nas costas, brinco eu. Mas do que isso nos pouparia? Não são pelas costas que os fantasmas nos perseguem?

Aquele olhar ou aqueles olhos (da pintura), não parecem estar olhando fixo para si mesmos? Que face cheia de tantas outras, incluindo a minha!

Um sintoma pode se vestir falsamente de qualquer coisa, incluindo da nossa face. Ora, nestas condições, o sujeito se sente completamente ‘pelado’ não só aos olhos do outro, como aos seus também cuja função foi deslocada, como por exemplo, no dizer de Sigmund Freud (1856-1939) a escopofilia, isto é, o gozo pelo olhar.


Pois bem, quando o ‘estômago’ do ego não consegue digerir as emoções, em alguns casos, cabe a face reter toda a carga emocional, tornando-se  uma espécie de máscara protetora. Enquanto os olhos assumem a condição de ‘órgão excretor’ – é por aqui que ódio tenta sair em forma de raja de sangue ou a tristeza em forma de lágrimas.

Por fim, dirijo-me a autora:  esta obra foi psicografada? Parabéns!




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