Aprendendo com os estoicos a enfrentar os desafios de hoje



Por Gilvaldo Quinzeiro



Nestes últimos dias, eu estive ouvindo, lendo, pensando e visitando os estoicos. Ou seja, Marcos Aurélio(121-180), Sêneca (4 –a.C – 65), Epiteto (50 – 135), os pilares do estoicismo romano – filosofia da moral e do bom viver – uma lição para a vida diária, digamos assim. Aliás, nestes tempos marcados pela brusca falta de rumo e de sentido, se alimentar da sabedoria dos estoicos é quase uma obrigação!  É como avistar um oásis em pleno deserto!

Marcos Aurélio, foi um imperador romano em um momento de grave crise política e social. Escreveu para si mesmo como se fora um diário, porém, se hoje estamos falando dele aqui é na condição de filósofo, ou seja, os seus escritos ainda que na sua intimidade de lagrima e sangue, tornaram-se lições para todos e por toda uma vida. Um a lição que pode servir a um simples chefe de família ao chefe de uma nação.

Sêneca, foi uma espécie de conselheiro da Nero. Mas depois, com a loucura de Nero teve que cometer suicídio a pedido deste, e, segundo reza os comentários dos seus contemporâneos que, mesmo no ato da morte, manteve-se sereno. Contrastando com os agitados e nervosos tempos de hoje, onde uma simples buzinada no trânsito se perde o controle da cabeça.

Epiteto, foi um escravo e ainda por cima, aleijado. Ou seja, alguém que viveu duramente a vida, a pior daquela época, assim também como seria a pior nos tempos de hoje. Todavia, os seus escritos nos liberta!

Enfim, precisamos aprender com os estoicos.

Ora, se de fato estamos vivendo esta brusca falta de rumo e de sentido nos tempos atuais, e sem dúvida, tudo leva a crer que estamos completamente perdidos, então, é sinal de que nós estamos ‘sem cabeça’, e agimos como a calda de uma   lagartixa quando desagarrada do restante do corpo.

Um rabo sem a sua cabeça é nisso que nos transformamos? Na perspectiva de um estoico, é do estoicismo que estamos partindo, é claro que sim. Ou seja, somos um rabo de uma lagartixa saltitando desgarrada da sua cabeça.

O estoicismo fundado por Zenão de Cítio (340 -264 a.C), era uma filosofia da vida prática e ensinada nas praças.  Aprendia-se sobre a arte do bom viver. Ou seja, qual a melhor atitude a ser tomada diante das situações da vida.

Uma das lições do estoicismo, por exemplo, e que se praticada nos tempos de hoje faria grande diferença, é no sentido de não nos preocuparmos com aquilo que não nos pertence ou aquilo que jamais teremos controle: a vida do nosso vizinho; o mau humor do outro.... Enfim, viveríamos bem e melhor se focássemos a nossa atenção e a nossa energia apenas naquilo que podemos de fato mudar: o nosso comportamento!










Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla