A palavra, os palavrões e o efeito bumerangue
Por Gilvaldo Quinzeiro A palavra, em certas circunstâncias em que o ambiente se torna um ‘barril de pólvora’, pode, mesmo quando dita sem a intenção de matar, provocar estragos que nem com o passar do tempo poderão ser cicatrizados. A palavra, portanto, tem um lugar gestador sem o qual não haveria a quem esta se destina! Ou seja, sem “o cheiro, as cores e os ruídos dos ambientes” não há como se engravidar das palavras. O anunciado acima serve apenas de uma breve introdução para o que queremos chamar atenção, no que tange ao momento atual vivido no Brasil, mais especificamente no se diz respeito ao ‘enrijecimento da palavra’. Quando se diz enrijecimento da palavra não se quer dizer que a palavra, enfim, passou a ter valor. Pelo contrário, se quer dizer que a palavra nada mais tem a dizer. O Presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, se tornou campeão deste tipo de “enrijecimento da palavra”. Com ele, Jair Bolsonaro, a palavra se torna enrijecida com a mesma natureza que um...