Misericórdia!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O Brasil vive hoje no
fogo cruzado de duas guerras. Ambas potencialmente destruidoras. A primeira já
vem se arrastando há algum tempo. É a guerra político-ideológica-teológica que
aos poucos, mas de modo violento, transforma e divide todos os brasileiros em ‘carne
viva’, onde o espiritual foi substituído pelo político, o amor pelo ódio, a bíblia
pela arma e Jesus Cristo pela figura do Presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, a fé transformada naquilo que há de
pior e mais toxico: o fundamentalismo! Só aqui neste aspecto poderemos já
apressar o nosso apocalíptico à brasileira e criar muros que separarão aqueles
que “vão para os céus, daqueles que foram atirados pelas forças das circunstancias
ao inferno”. Famílias inteiras foram divididas, inclusive em velório por conta
do desentendimento no ritual funerário.
Amigos romperam anos e anos de amizades. Grupo de redes sociais,
incluindo os de familiares, onde as discussões de puro ódio, despertam os
piores pensamentos, como os de fratricídios ou de parricídios. Só aqui, portanto, mais cedo ou mais tarde,
temos munição suficiente para destruir uns aos outros sem precisar de nenhum
outro tipo de tragédia!
A segunda guerra é provocada por um inimigo invisível e letal,
que nos pega feridos, mutilados, perdidos, imunologicamente fragilizados e cegos
pelos efeitos da primeira guerra, conforme descrito acima. É a guerra contra o
Covid-19, que já matou até o momento mais de 6 mil e já se aproxima dos 100 mil
infectados. Uma guerra que tira do anonimato quem sempre nos serviu nos piores
momentos, mas que nunca eram lembrados: os coveiros. Estes como nunca se tornaram
úteis na condição em que a última batalha está definitivamente perdida!
Trata-se, pois, de um inimigo que mesmo que nos encontrasse
em outras condições, ou seja, unidos, ainda assim, seria uma real e perigosa ameaça as nossas
defesas!
Amém?
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