As eleições: os astros, os ares e os cenários pandêmicos
Por Gilvaldo Quinzeiro
Hoje, domingo, 15 de novembro de 2020. Há exato 131 anos era
derrubada a monarquia e proclamada a República. O céu noturno daquela data está
representado nas estrelas que adornam a Bandeira Nacional. No céu de hoje à
noite terá início um fenômeno raro – a aproximação entre os
planetas Júpiter e Saturno, que atingirão a sua aproximação máxima no dia 21 de
dezembro – a última vez que isso ocorreu, ou seja, com o grau de máxima aproximação
foi em 1623. O que essa conjunção planetária entre Júpiter e Saturno ainda tem
a nos dizer sobre o fatídico ano de 2020?
Bem, se ainda tivéssemos hoje homens, políticos e
republicanos do naipe daqueles que olharam os céus daquela noite de há 131
anos, coisa que não temos, talvez, os ares e os astros sobre nossas cabeças seriam
levados em conta!
Hoje, domingo, 15 de novembro de 2020 também ocorrerão as eleições
municipais em todo o Brasil, exceto no Macapá. Eleições essas, que enfrentam
tempos excepcionais devido a pandemia da Covid-19, e que já matou cerca de
164.855 brasileiros. Números estes que (importam!), pois além se tratar de
vidas humanas, significam também em sua grande maioria de eleitores.
Em circunstancias pandêmicas como essas, se entendêssemos e respeitássemos
os sinais e os recados dos tempos, tais eleições não ocorreriam.
Poderia se aguardar a descoberta de uma vacina. Mas...
Enfim, as eleições ocorrerão! Torçamos para que nada de mal aconteça aos
eleitores que, sem dúvida alguma colocará em risco a sua vida, em que pese as
medidas sanitárias adotadas pelas autoridades no âmbito das eleições.
Por outro lado, é bom que se diga que quem quer que vençam
as eleições, terá que enfrentar uma possível segunda onda da pandemia da
Covid-19, com uma diferença em relação a primeira: este terá que assumir a responsabilidade
direta pela sua propagação, posto que, na campanha eleitoral, nenhum candidato,
especialmente os de maior estrutura, respeitaram as normas sanitárias
decretadas pelas autoridades da área de saúde!
Esta segunda onda, caso ocorra, será um cenário ‘esmagador’
tanto para os prefeitos reeleitos, e, principalmente, para ‘os marinheiros de
primeira viagem”! Nestas condições,
ganhar as eleições, talvez, não terá sido um bom negócio. Será?
Que tenhamos cuidados com os ares dessas eleições! Leve sua
caneta! Use máscara! Siga as recomendações dos mesários!
Uma boa votação a todos!
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