Diego Maradona: considerações e reflexões

 


Por Gilvaldo Quinzeiro

Nestes tempos escorregadios como sabão, não lavamos as mãos pelo que apalpamos, e sim pelo que nos escapa. Maradona, o gênio da bola, nos escapou aos olhos! Fomos driblados pelos nossos olhos apressados – o gênio se foi, e ficamos nós a sós com a nossa a   mediocridade – cegos para os lances mais caros e preciosos da vida!

Maradona, foi uma dessas raras estrelas, talvez, por isso, tão solitário, como é próprio das estrelas. Nos vídeos, que circulam nas redes sociais, vemos Maradona ‘dançando’ enquanto fazia aquecimento – sozinho. Aliás, até nisso ele era um surpreendente encanto!

As estrelas pagam um preço elevado por serem estrelas: tensões, explosões e... solidão!  Talvez por isso Maradona teve também seus momentos de escuridão, onde tentava neste ‘escuros’ aplacar a imediatidade dos aplausos.

Enfim. Hoje não só os argentinos choram. E não só mundo futebolístico ficou seriamente vazio, e mais pobres, o mundo político também perde uma das suas mais atuantes vozes. Maradona, fora dos gramados tornou-se uma espécie de Che Guevara – que me perdoem os ouvidos mais conservadores!

 Maradona foi o ‘tango argentino’ a espraiar a sensualidade e a virilidade pelos campos, mas também uma espécie de   Nietzsche a martelar os conceitos preconcebidos!

Vá Maradona consigo mesmo! Que sua partida nos abram os olhos cegos para a beleza sutil das coisas, e que também nos escapa! Vá Maradona consigo mesmo! Que a sua partida nos cause muita dor e aprendizado!

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